Príncipes brasileiros e TFP assinam abaixo-assinado ao papa

Por Bell Kranz

Mais de meio milhão de pessoas, segundo os organizadores da empreitada, já assinaram um manifesto pedindo ao papa Francisco que não permita a comunhão aos divorciados em segunda casamento civil e condene as uniões homossexuais – “contrárias à lei divina e à lei natural”.

Na carta ao “Beatíssimo Padre”, o grupo afirma que “desde a chamada Revolução de 68, sofremos uma imposição gradual e sistemática de costumes morais contrários à lei natural e divina, tão implacável que torna hoje possível, por exemplo, ensinar em muitos lugares a aberrante `teoria do gênero’, a partir da mais tenra infância”.

Foto de tela do site com abaixo assinado contra a comunhão dos divorciados em segundo casamento
Foto de tela do site com abaixo assinado contra a comunhão dos divorciados em segundo casamento

Em outubro, bispos do mundo inteiro vão discutir no Vaticano, durante o segundo Sínodo dos Bispos (espécie de Parlamento da Igreja Católica), o tratamento da Igreja Católica aos divorciados e o casamento gay, o que pode render mudanças nas regras da Igreja.

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A campanha contra está publicada na página Filial Súplica a Sua Santidade o Papa Francisco sobre o Futuro da Família e traz a lista das chamadas personalidades que assinaram a petição.

Entre os brasileiros, estão vários arcebispos (da Paraíba, do Ordinariado Militar, de Juiz de Fora…); o co-fundador da TFP (Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade), Adolpho Lindenberg; e dois príncipes – Dom Antônio de Orleans e Bragança e Dom Luiz de Orleans e Bragança.

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Foto de tela do abaixo assinado a favor da comunhão para divorciados que voltaram a se casar

De outro lado, o papa Francisco receberá um abaixo-assinado em apoio a possível decisão do Sínodo de permitir o acesso à comunhão aos divorciados em segunda casamento. A campanha acaba de ser lançada por um grupo de teólogos espanhóis de prestígio reconhecido. Chamada “Carta ao Bispo de Roma”, foi lançada em espanhol na plataforma Change.org e será acompanhada de outras em inglês, francês, alemão e italiano.

Na carta, os teólogos afirmam que “a prudência pastoral não só permite como hoje exige uma mudança de postura” e apresentam razões bíblicas e antropológicas para justificar o manifesto.

Uma delas refere-se à célebre frase “o que Deus uniu o homem não separa”, alegando que não se conhecia no tempo de Jesus a situação de um casamento (talvez por culpa de ambos ou de uma incompatibilidade de gênios desconhecida anteriormente) que fracassa no seu projeto de união. O texto argumenta que na Palestina do século 1, as palavras de Jesus referiam-se diretamente ao marido que trai e abandona a mulher por outra mulher ou por motivo desse tipo. Ou seja, trata-se primeiramente de uma defesa da mulher.

E você: é a favor ou contra que os católicos divorciados e recasados participem da comunhão? Mande o seu voto para cá!