Casar, descasar, recasarAmigos – Casar, descasar, recasar http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br Wed, 20 Apr 2016 18:43:12 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Guerra de pais pela guarda dos filhos: como escapar dessa enrascada http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2016/01/29/briga-pela-guarda-compartilhada-como-escapar-dessa-enrascada/ http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2016/01/29/briga-pela-guarda-compartilhada-como-escapar-dessa-enrascada/#respond Fri, 29 Jan 2016 15:55:57 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15005285.jpeg http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/?p=2706 A nova lei da guarda compartilhada, que tem pouco mais de um ano, está sendo colocada em prática, mas com muitas dificuldades. Há resistência por parte de mães em aceitar este modelo, que é um avanço e uma vitória delas, dos filhos e dos pais. Os processos litigiosos às vezes duram anos e, em muitos casos, por acusações de um ex-cônjuge contra o outro na disputa pelo filho – que não é de uma pessoa, mas de dois. Há advogados que seguem o caminho da conciliação, mas há os que priorizam ou não evitam a guerra.

E há muitas dúvidas. Por exemplo: se a guarda é compartilhada, a pensão também vai ser? Quando os pais moram em cidades diferentes, como seguir esse modelo? E no caso de filhos ainda bebês?

Para ajudar pais e mães envolvidos nesse imbroglio, o “Casar, descasar, recasar” promoveu uma conversa ontem na TV Folha com a advogada Shirlei Saracene Klouri, especialista na área de família e membro do IBDFAM (Instituto Brasileiro de Defesa da Família), e um pai, Paulo Halegua, que fez da luta pela guarda compartilhada da filha mais nova um projeto de vida. Ele fala sobre a sua experiência de oito anos de briga na Justiça, tempo em que cursou direito e se especializou em direito de família.

Assista aqui o vídeo e deixe o seu comentário.

 

 

 

 

 

 

 

 

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Chamar o ex de “falecido” é do além! http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/07/06/chamar-o-ex-de-falecido-e-do-alem/ http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/07/06/chamar-o-ex-de-falecido-e-do-alem/#respond Mon, 06 Jul 2015 17:02:35 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15005285.jpeg http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/?p=1750 Quando um casamento acaba vem o luto, não tem jeito. É assim com toda perda. Mas ninguém morre. As pessoas podem sair feridas, mas não mortas. Apesar disso, homens e mulheres com frequência “matam” seus respectivos ex quando a história terminou mal, com um rompimento pouco amigável.

Finge-se (amigos e parentes incluídos, muitas vezes) que o cônjuge que saiu de cena nunca existiu. Foram 10, 20 ou até 30 anos de convivência em que ele recebeu em casa os amigos do casal, foi ao batizado dos filhos, trocaram presentes de Natal, viajaram juntos, dividiram perdas de pessoas queridas e um monte de almoços e jantares. Mas tudo isso é apagado.

O nome do “morto” não é nem pronunciado. Quer dizer, às vezes é, mas com outra denominação (e aí surge a versão mais grotesca da prática de “matar” o ex): ele passa a ser chamado de “o falecido”, ainda que seja o pai dos próprios filhos (ou a mãe, que vira “a falecida”).

(Julie Cockburn)
Chamar o ex (a ex) de falecido (falecida) é uma estratégia que não funciona para sempre (Imagem: Julie Cockburn)

Hipocrisia, alteridade, covardia, tirania? Sei lá, essas são posturas individuais, escolhas de cada um. O que mais importa é o impacto social, o legado desse comportamento, o que se ensina e que vai ser repetido pelos filhos no futuro. Enquanto isso, eles têm que viver o papel nada agradável de filho de morto-vivo (ou da morta-viva). É comum em encontros e festas familiares na casa de um dos pais, um convidado se aproximar sem graça e sussurrar algo do tipo: “Olha, sou muito amigo do seu pai, gosto muito dele, viu?” – mas que ninguém nos ouça é o subtexto.

Quem rompe o vínculo é o casal, mas amigos e familiares ficam desorientados. Tomar partido de um ou de outro é um direito, mas pouco se fala sobre como fazer isso com respeito e dignidade.

Veja a cena: Ana é amiga de João desde a infância e, por tabela, ficou amiga da mulher dele, Maria. O casal se separa. Meses depois, Ana está com João na rua e avista Maria. Ana faz o quê? Finge que não viu Maria. Pode ter agido assim movida por incompetência para lidar com aquela saia justa e depois se sentiu incomodada com a própria atitude. Ou não, agiu com consciência sem qualquer mal-estar. Se a reação incomodou, não desceu bem, alfinetou, vale a pena pensar sobre a concepção que se tem da separação: é fracasso, humilhação ou faz parte da vida? Refletir ajuda a transformar.

Bom lembrar também que às vezes é difícil para o amigo, que se vê diante de uma história enrolada, por exemplo, e não quer se comprometer, diz Alice Tamashiro, terapeuta do NAPC (Núcleo de Atendimento e Pesquisa da Conjugalidade e da Família), do Sedes Sapientiae. Seja como for, a melhor solução é não julgar e ser generoso com quem saiu da relação.

E por que se “mata” aquele com quem partilhou um tempo tão bom na vida? “Matar e enterrar emocionalmente alguém é enterrar aquilo que não pode ser lembrado, porque machuca”, diz a psicóloga Márcia Barone Bartilotti, coordenadora do NAPC. Trata-se de uma estratégia que anestesia, ajudando a atravessar o luto com menos sofrimento.

O problema é que dá para usar essa artimanha por um tempo, mas não para sempre, diz Márcia. Velhas questões, que se imaginava estarem debaixo da terra, ressurgem num novo relacionamento. Ou seja, uma hora o enterrado vivo reaparece – feito fantasma (ui!), ele volta para puxar o seu pé.

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