Casar, descasar, recasarDivirta-se – Casar, descasar, recasar http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br Wed, 20 Apr 2016 18:43:12 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Charlotte Rampling e o sentido das bodas http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/11/23/charlotte-rampling-e-o-sentido-das-bodas/ http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/11/23/charlotte-rampling-e-o-sentido-das-bodas/#respond Mon, 23 Nov 2015 15:48:55 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15005285.jpeg http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/?p=2394 45years-1
No papel da protagonista Kate, em “45 Anos”, Charlotte Rempling levou o Urso de Prata no Festival Internacional de Cinema de Berlim (Foto divulgação)

Sessenta anos de casamento! Sabe o que é isso? Nem o padre que celebrou a digníssima cerimônia sabia. Em uma das igrejas mais tradicionais de São Paulo, o casal de seus 80 anos, meus queridos tios, entrou devagarinho, suave, mas com vigor, rumo ao altar para a renovação dos votos.

Todos se emocionaram por causa do clima de delicadeza, ternura, serenidade que reinou na cerimônia. A “noiva” usava um longo azul claro, bordado de pedrinhas brilhantes, e o noivo, terno escuro e gravata da cor da cabeleira, prateada. No altar, estavam rodeados pelos filhos e netos, os padrinhos – e incontestáveis testemunhas.

Para contrastar, naquela noite de sexta-feira de chuva pesada na cidade, ruidosos jovens convivas do casamento seguinte se amontoavam na entrada e, quando já não era mais possível, “invadiram” a igreja. Afinal, o padre não finalizava nunca os trabalhos, estava claramente maravilhado com aquela celebração que, sabe-se lá Deus, se ele veria outra vez na vida.

Boda vem do latim vota, que significa promessa, e é isso que se vai fazer numa cerimônia de bodas (no caso, foi de diamantes), renovar a promessa feita no dia do casamento.

Daí, festança boa à parte, surge a questão: precisa prometer mais alguma coisa depois de 60 anos de vida em comum? Essa, porém, é uma mentalidade bem tacanha de quem vê o idoso como um ser vazio de expectativas e cheio de certezas, especialmente a respeito do futuro de um casamento de décadas.

O filme “45 anos”, do diretor e roteirista inglês Andrew Haigh, lançado recentemente, mostra que septuagenários podem sofrer tão profundamente de ciúmes, desconfiança e angústia existencial como qualquer jovem amante (trailer abaixo).


Dois ícones do cinema britânico, Tom Courtenay, 78, e Charlotte Rampling, 69, que levaram o Urso de Prata de melhor ator e atriz no Festival de Berlim, fazem o papel de Kate e Geoff Mercer. O casal se prepara para comemorar bodas de safira, 45 anos de casamento. Na semana da festa, ele recebe uma carta com a notícia de que o corpo de seu primeiro amor, Katya, desaparecida nos Alpes suíços há mais de 50 anos, foi encontrado (ele estava com ela quando o acidente aconteceu). A notícia estremece o maduro e sólido vínculo conjugal.

Geoff fica desorientado com a descoberta do corpo da ex-namorada, que está conservado, literalmente congelado pelo tempo, tal qual era quando ambos namoravam. Vêm à tona informações da relação que Kate não sabia. O comportamento do marido muda, e ela então parte para a espionagem.

Não vai fuçar o WhatsApp dele nem invadir sua caixa postal, mas o sótão da casa, para onde ele vai quando sai da cama de madrugada. Lá ela descobre seus segredos: um diário e slides com fotos de Katya.

O fantasma da ex assombra o casamento. A mulher se sente traída por ele no compromisso de dizer sempre a verdade. Nem tudo do caso de Geoff com a antiga namorada havia sido contado. Mas ele não mentiu, omitiu. E aí? Isso é traição? Quando diz amargurada que sempre foi uma boa mulher para ele, sinaliza um equívoco comum nas parcerias, acreditar ser responsável pela felicidade do outro, quando ser pela sua própria já é uma vitória.

Kate tem o lado mulher-mãe bem desenvolvido, que cuida (não se limita a lembrá-lo de tomar seus remédios, mas os entrega com o copo d’água) e que dá lá algumas ordens.

A cena final, um show de interpretação da bela Rampling, uma das poucas estrelas que aceitou as marcas do tempo no rosto, cabe diferentes interpretações. Vale a pena conferir.

Li só elogios ao filme e ouvi críticas de público sobre uma possível “superficialidade” do roteiro. Isso talvez porque o filme está a anos luz de distância da imagem caricatural que se faz das pessoas mais velhas, é megarealista, muito humano.

Os casamentos, como as pessoas, podem envelhecer lindamente ou não. Renovar, portanto, faz todo o sentido.

Leia mais sobre relacionamentos entre idosos

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Amor, dependência e Winehouse http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/11/09/amor-dependencia-e-winehouse/ http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/11/09/amor-dependencia-e-winehouse/#respond Mon, 09 Nov 2015 22:59:24 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15005285.jpeg http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/?p=2238 A diva do soul Amy Winehouse, que embarcou nas drogas e no relacionamento com um sujeito tóxico (Foto: reprodução)
A diva do soul Amy Winehouse, que embarcou nas drogas e no relacionamento com um sujeito tóxico (Foto: reprodução)

Depois de assistir ao excelente “Amy”, documentário sobre a carreira e a vida trágica da diva do soul britânica Amy Winehouse, em cartaz em São Paulo, fiquei com a séria convicção de que ela sofria do tal amor patológico.

Camille Claudel, com sua fixação por Rodin, tinha os traços da doença, diz a psiquiatra Monica Zilberman, do Instituto de Psiquiatria (IPQ) do Hospital das Clínicas de São Paulo. O personagem de Jim Carrey em “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”, idem.

Winehouse era louca pelo marido, cujo relacionamento foi intenso, megaconturbado e autodestrutivo. A felicidade dela dependia da dele (“Se o meu marido está feliz, eu também estou”). Queria que as coisas fossem sentidas por ambos da mesma maneira, em uma relação simbiótica e obsessiva, duas características da doença que integra a lista dos transtornos tratados no Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso do Hospital das Clínicas de SP.

Pessoas que sofrem de amor patológico (ou excessivo) ficam tão obcecadas pelo outro que chegam a fazer comentários do tipo “eu sei como um dependente de crack se sente”. A droga, no caso, é o parceiro (ou parceira, tanto faz, assim como a idade e a relação, que pode ser conjugal, de namoro ou entre amantes). No caso de Winehouse, ela tinha drogas a rodo: as ilícitas e um sujeito tóxico como marido.

“Eu perco a minha irmã quando ela está apaixonada”, diz o irmão de uma paciente. Isso porque tudo perde importância para a pessoa – família, trabalho, filhos, inclusive ela própria, que se anula, abandona seus interesses e necessidades. Passa a viver em função do companheiro, sendo excessiva no controle e nos cuidados (marca médico para uma dor de barriga dele, mas não vai ao cardiologista cuidar da sua hipertensão; ele é aventureiro, então ela passa a ser também…).

A incidência da doença nos homens é menor, 30% contra 70% de mulheres, mas quando eles são afetados é cruel, porque passam a questionar a própria virilidade. Carência e ligação do tipo passional são comportamentos associados ao feminino. Daí a conhecida e machista expressão “coisa de menina”, o que desviriliza o sujeito e causa sofrimento.

A fixação incontrolável pelo amado é um padrão que pode se repetir nas relações afora, ao longo da vida, ou aparecer diante de uma ameaça de rompimento. Nessa hora, surgem os sintomas, típicos de abstinência de drogas – taquicardia, dores musculares, insônia, alteração no apetite e/ou tremores. É um horror. A relação se deteriora, mas a pessoa mesmo insatisfeita não larga o osso. O pensamento é mais ou menos como “ruim com ele, pior sem ele”.

Claro que isso leva à separação. “É uma profecia que se cumpre”, como diz a psiquiatra. Um dia, sufocado, o outro vai embora, mesmo, e de preferência sem deixar rastros para não ser encontrado.

A causa da patologia tem relação com uma experiência de abandono durante a infância ou apenas o seu entendimento por parte da criança, e isso não faltou para Amy.

Seu sofrimento foi conduzido por um mix explosivo de ingredientes (cocaína, crack, álcool, bulimia, o cruel mundo da fama e a indústria sanguessuga do show business) que encontrou terreno fértil na vida de uma jovem cuja educação para o afeto na infância foi deficiente. O documentário (veja o trailer abaixo) mostra como a ausência do  pai, que depois se tornou um explorador, foi dolorosa e tanto custou à artista. Para quem não viu no cinema, Amy está disponível no Netflix a partir de 1º de fevereiro.

Tratamento existe. Psicoterapia e medicamentos para eventuais problemas associados, como depressão. “Tem sido usado também a mesma medicação para dependentes de álcool e outras drogas”, diz a psiquiatra.

Maturidade também pode funcionar como remédio. O ídolo de Winehouse, o cantor Tony Bennett, 89 anos, com quem ela gravou sua última canção antes de morrer, sabiamente declarou ao saber da morte precoce da cantora: “Life teach you to live, if you live long enough” (A vida ensina como vivê-la, se você viver o suficiente).

 

Atendimento gratuito em SP para pessoas que sofrem de amor patológico

PRO-AMITI – Ambulatório dos Transtornos do Impulso (HC)

Endereço: Rua dr. Ovídio Pires de Campos, 785. São Paulo (SP)

Telefone: (11) 2661-7805

E-mail: contato@amiti.com.br ou proamiti.secretaria@gmail.com

Site: proamiti.com.br

Atendimento:

Por telefone – de segunda a quarta e sexta, das 9h às 17h.

Consultas, grupos de terapia e atendimento presencial – quinta, das 8h às 16h30.

Proad – Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Unifesp)

Endereço: Rua Prof. Ascendino Reis, 763, Vila Clementino, São Paulo (SP)

Telefone: (11) 5579-1543

Site: psiquiatria.unifesp.br/proad

Atendimento: de segunda a sexta, das 8h às 17h.

]]> 0 Acorrentar o ex é perder a própria liberdade http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/09/06/acorrentar-o-ex-e-perder-a-propria-liberdade/ http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/09/06/acorrentar-o-ex-e-perder-a-propria-liberdade/#respond Sun, 06 Sep 2015 15:13:37 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15005285.jpeg http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/?p=1947 Screenshot 2015-09-05 23.47.03

Ronit Elkabetz, atriz e codiretora do filme no papel de Viviane Amsalem (Foto: divulgação)

“O Julgamento de Viviane Amsalem”, recém-estreado em São Paulo, é um baita filme, de tirar o fôlego. Uma experiência sinistra para quem mal leu a sinopse antes de ir ao cinema ou desconhece a cultura do divórcio em Israel. Embasbacado na poltrona, o expectador se pergunta se não seria um filme de época. “E que época? Ou uma ficção surrealista, de tão bizarra a situação desse julgamento”. Antes fosse!

Trata-se de um filme-denúncia, com uma pegada caricatural, do que acontece hoje em Israel. No país, não existe casamento nem divórcio civil, só religioso. “Ou eles recorrem à ortodoxia ou não tem saída”, diz o rabino Michel Schlesinger, da Congregação Israelita Paulista, ala religiosa mais liberal.

Saída até existe: o aeroporto. Muitos seguem rumo à paradísiaca e vizinha ilha de Chipre, já que o Estado de Israel reconhece cerimônias celebradas em países com quem tem relações diplomáticas.

Há outro detalhe bizarro: como manda a milenar lei religiosa judaica, só o marido pode por fim ao casamento. Se ela quer e ele não, um tribunal rabínico tentará persuadi-lo a liberar a mulher para que siga uma nova vida – o que pode dar certo ou não.

O filme mostra o calvário de Viviane Amsalem, em interpretação incrível de Ronit Elkabetz, para conseguir que o marido, Elisha Amsalem (Simon Abkarian), lhe conceda o divórcio. Ela passa três anos indo e vindo de audiências torturantes, comandadas por um trio de rabinos ultraortodoxos. É humilhada em sessões surreais, onde impera a mentalidade machista de uma estrutura patriarcal medieval.

O marido, Elisha, declara sempre que terminantemente não, ele não dá o divórcio à mulher, com quem tem 4 filhos, foi casado por 30 anos e há 3 já não vive junto.

As mulheres separadas que não conseguem do marido o guet, documento de divórcio, são chamadas de agunot (acorrentadas). Ficam presas ao matrimônio, impedidas de casar ou ter outra relação, o que configuraria adultério. Essas mulheres, portanto, perdem o direito de decidir a própria vida.

Estado de Israel e judaísmo à parte, quantos homens e mulheres de qualquer país e religião não insistem no apego a uma vida conjugal que já acabou? Assim eles também perdem a possibilidade de tomar as rédeas de uma nova vida.

Refiro-me aos que se divorciam contra a vontade, porque o parceiro quis, mas na prática não se separam. Acorrentam os respectivos ex, arrumando encrenca, brigando, atormentando, às vezes passando a vida em guerra com quem já não mais lhe diz respeito enquanto companheiro de vida.

É o pior caminho, o chamado tiro no pé. Quando você prende o outro, você também fica preso a ele. Intervir na liberdade alheia significa perder a própria liberdade.

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Estreia hoje a série em que Jane Fonda perde marido para outro homem http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/05/08/estreia-hoje-a-serie-em-que-jane-fonda-perde-marido-para-outro-homem/ http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/05/08/estreia-hoje-a-serie-em-que-jane-fonda-perde-marido-para-outro-homem/#respond Fri, 08 May 2015 18:20:50 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15005285.jpeg http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/?p=1577 filme
Jane Fonda e Lily Tomlin são Grace e Frankie em nova comédia que fala de separação, envelhecimento e homossexualidade (Foto: divulgação)

Por Giovanna Maradei

Aproveite esta noite fria de outono embaixo das cobertas na frente da TV para morrer de rir com a superssérie que estreia hoje na Netflix: “Grace e Frankie”.

A comédia reúne a autora de “Friends”, Marta Kauffman, a atriz e grande dama do fitness Jane Fonda, a premiada comediante Lily Tomlin e os atores  Martin Sheen, de “The West Wing”, e Sam Waterson, de “Law& Order”, falando de separação, envelhecimento e homossexualidade.

Na história, a elegante Grace (Jane Fonda) e a despachada Frankie (Lily Tomlin) são casadas há décadas, respectivamente, com Robert e Sol, advogados e sócios. As mulheres são rivais declaradas, ao menos até seus respectivos maridos assumirem que são gays, revelarem que mantêm um caso amoroso há 22 anos e decidirem aproveitar as atuais mudanças na lei para sair do armário e juntar os trapinhos.

Divorciadas e com mais de 70 anos nas costas, as duas unem forças e enfrentam, lado a lado, as sete fases pelas quais os separados costumam passar: choque, negação, raiva, culpa, meditação, medicação e alívio.

Em entrevista ao jornal “Daily Mail”, Jane Fonda elogiou a fórmula da série: “Com frequência, você vê as mulheres na mídia competindo umas com as outras. O que eu gosto em ‘Grace e Frankie’ é que as duas mulheres se ajudam; é muito bom que as pessoas vejam isso”.

Na vida real, Fonda já se separou três vezes e agora, aos 77 anos, namora o produtor musical Richard Perry, cinco anos mais novo. Lily Tomlin, 75, é homossexual e casada há mais de 40 com a roteirista, diretora e produtora Jane Wagner.

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 Leia mais sobre a série na reportagem de Rodrigo Salem, publicada hoje na Ilustrada

 

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Jane Fonda perde marido para outro homem em nova série da Netflix http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/04/18/jane-fonda-perde-marido-para-outro-homem-em-nova-serie-da-netflix/ http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/04/18/jane-fonda-perde-marido-para-outro-homem-em-nova-serie-da-netflix/#respond Sat, 18 Apr 2015 12:05:39 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15005285.jpeg http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/?p=1439 filme
Jane Fonda e Lily Tomlin são Grace e Frankie em nova comédia que fala de separação, envelhecimento e homossexualidade (Foto: divulgação)

Por Giovanna Maradei

A Netflix reuniu em uma só comédia a autora de “Friends”, Marta Kauffman, a atriz e grande dama do fitness Jane Fonda, a premiada comediante Lily Tomlin e os atores  Martin Sheen, de “The West Wing”, e Sam Waterson, de “Law& Order” para falar de divórcio, envelhecimento e homossexualidade.

Na série “Grace e Frankie”, que estreia dia 8 de maio, a elegante Grace (Jane Fonda) e a despachada Frankie (Lily Tomlin) são casadas há décadas, respectivamente, com Robert e Sol, advogados e sócios. Já as mulheres são rivais declaradas, ao menos até seus respectivos maridos assumirem que são gays, revelarem que mantêm um caso amoroso há 22 anos e decidirem aproveitar as atuais mudanças na lei para sair do armário e juntar os trapinhos.

Divorciadas e com mais de 70 anos nas costas, as duas unem as forças e enfrentam, lado a lado, as sete fases pelas quais os separados costumam passar: choque, negação, raiva, culpa, meditação, medicação e alívio.

Em entrevista ao jornal “Daily Mail”, Jane Fonda elogiou a fórmula da série: “Com frequência, você vê as mulheres na mídia competindo umas com as outras. O que eu gosto em ‘Grace e Frankie’ é que as duas mulheres se ajudam; é muito bom que as pessoas vejam isso”.

Na vida real, Fonda já se separou três vezes e agora, aos 77 anos, namora o produtor musical Richard Perry, cinco anos mais novo. Lily Tomlin, 75, é homossexual e casada há mais de 40 com a roteirista, diretora e produtora Jane Wagner.

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]]> 0 Coração partido no MoMA http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/03/08/coracao-partido-no-moma/ http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/03/08/coracao-partido-no-moma/#respond Sun, 08 Mar 2015 13:00:19 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15005285.jpeg http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/?p=1151 Mergulhar fundo no problema, elaborar, processar e ver o sofrimento de uma ruptura amorosa passar. Algumas obras de arte são explicitamente criadas a partir de sentimentos e pensamentos mais íntimos dos artistas que viveram a perda de um amor.

Um trabalho novíssimo dessa categoria coração partido será exibido a partir deste domingo, dia 8, no MoMA, em Nova York, até 7 de junho. E, segundo o curador, é o principal trabalho da aguardada exposição.

O museu preparou uma retrospectiva dos mais de 20 anos de carreira da multifacetada artista Björk. Uma jornada musical que inclui arte, moda, vídeo e tecnologia para retratar o trabalho da islandesa que por si é quase uma instalação.

Com um guia de áudio na mão, o visitante vai ouvir música e poesia enquanto percorre um tour labiríntico por diferentes andares com fotos, roupas, diários e quase todos os videoclipes da artista. A peça destacada pelo curador, Klaus Biesenbach, é um vídeo feito especialmente para a mostra da música “Black Lake”, a mais linda do último trabalho de Björk, “Vulnicura”.

O CD, lançado em janeiro, disseca o fim do casamento da cantora, em 2013, com o também artista Matthew Barney. É o registro de todo o processo: da crise na relação, passando pela separação à superação.

O vídeo tem dez minutos e é uma experiência dolorosa, quase palpável. Gravado em locações surreais da Islandia, mostra Björk cantando entre grutas, lavas azuis e campos de musgo. Você pode ver uma amostra aqui.

 

OUTRAS OBRAS INSPIRADAS EM AMORES E DESAMORES

Artistas contemporâneos e pop, como a francesa Sofie Calle e a inglesa Adele, e gênios, como a mexicana Frida Khalo e Picasso – este último, representante da categoria “só amores” – estão nessa breve seleção para ouvir, ler e apreciar.

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ADELE

Para compor os seus dois álbuns, “19” e “21”, a jovem cantora britânica foi buscar inspiração no fim de seus relacionamentos amorosos. O sucesso foi tanto que um dos namorados chegou a processá-la, exigindo parte dos royolties, alegando que graças a ele a artista pode experimentar a dor inspiradora (!). Hoje, Adele está casada, tem um filho e se prepara para finalmente lançar um CD mais alegre (o que era planejado para o CD “21”, mas que acabou não dando certo).

 

SOPHIE CALLE

“Cuide de você” (2007)

O trabalho da artista francesa, que foi apresentado no Brasil em 2009, gira em torno do e-mail enviado a ela pelo namorado rompendo a relação. Pensando no que responder a ele, Sophie selecionou 107 mulheres de diferentes profissões, entre anônimas (dona de casa, advogada, engenheira) e famosas, como as atrizes Jeanne Moreau, Maria de Medeiros e Victoria Abril, e pediu que elas lessem e interpretassem a mensagem enviada pelo ex. Os vídeos integraram a instalação, composta ainda de textos e fotos. “Cuide de você” (“Prenez soin de vous”) era a última frase da mensagem do então namorado. Abaixo, a atriz Victoria Abril, uma das musas de Pedro Almodóvar, interpreta a “carta”.

 

 

 

 

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Pareço grávida! http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/02/23/pareco-gravida/ http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/02/23/pareco-gravida/#respond Mon, 23 Feb 2015 17:51:54 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15005285.jpeg http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/?p=998 Estou feito grávida, que por onde anda e olha se depara com outras grávidas – e usando uma figura de linguagem, claro. No meu caso, que já tive dois filhos e está ótimo, onde me viro encontro um amigo (ou amiga) que está se separando ou fico sabendo da história de um conhecido enfrentando essa pendenga. Só ontem à noite foram três casos, sendo dois muito bem-resolvidos!

Capa do último romance de Ian McEwan (Divulgação)
Capa do último romance de Ian McEwan (Divulgação)

Daí compro o novo livro de um dos meus autores preferidos, o inglês Ian McEwan, e logo nas primeiras páginas vem o anúncio: a personagem principal está em uma tremenda crise conjugal. A mulher de seus quase 60 anos, uma eminente e brilhante juíza da Alta Corte britânica, ouve do marido que ele vai viver uma paixão com uma moça muito mais nova. “Ela já sabia o nome da mulher. Melanie. Bem próximo do nome de um tipo fatal de câncer de pele”, conta o narrador. Mas Melanie é o menos importante na trama. A poesia, a música, o amor pela vida, a moral e as leis e, especialmente, o fundamentalismo religioso são os temas fortes na trama do ótimo “A Balada de Adam Henry” (Companhia das Letras, 200 págs.).

A juíza especializada em direito de família, acostumada a enfrentar magistralmente todo tipo de drama conjugal – crianças virando peça de barganha de mães, pais que desaparecem da vida dos filhos para fazer mais rebentos em nova e tórrida paixão, mulheres que exigem para sempre viver no conforto, homens gananciosos –, na vida privada ela é um fracasso.

Tão bom quanto se deleitar com a leitura é conhecer os bastidores da história, a inspiração de McEwan. Durante um jantar em companhia de juízes, em que o papo rolava solto sobre os julgamentos de alguns dos presentes, em meio a brincadeiras e piadas, o anfitrião pegou uma obra encadernada com suas sentenças para fazer uma consulta, e o livro acabou no colo do escritor. “Aquelas histórias pertenciam à vara de família, onde se discutem muitos dos interesses mais sérios da vida cotidiana: amor e casamento, e o fim de ambos; fortunas divididas de forma conflituosa; o destino de crianças amargamente contestado; crueldade e abandono por parte dos pais…”, escreve MacEwan em texto publicado na Folha.

Ian McEwan durante a Flip 2012 (Zanone Fraissat/Folhapress)
O escritor britânico durante a Flip 2012, em Parati (Foto: Zanone Fraissat/Folhapress)

Mas o autor, que também parece “mulher grávida” em relação ao assunto vara de família, conheceu de perto, na pele mesmo, o drama do litígio quando se separou da primeira esposa, a escritora e jornalista Penny Allen, em 1995.

Agora, quatro meses atrás, MacEwan viveu uma situação também inspiradora para as suas histórias, além de muito constrangedora. Ele foi pego de surpresa pela ex-mulher quando divulgava o livro num festival literário em Cheltenham, na Inglaterra. Da plateia, Penny Allen soltou um sonoro: “Eu tenho uma pergunta. Por que você não fala para as pessoas sobre o que você tirou de mim?”.

Na disputa judicial durante o divórcio, McEwan ganhou a guarda dos dois filhos e Allen foi impedida de falar em público sobre o acordo. Entre outras coisas, ela acusa o ex de se basear na história conjugal deles em seus livros. Ele garante: “Não há nada mais em meus livros que lembre remotamente a experiência de meu casamento com ela. Não sei por que ela segue querendo discutir isso e publicamente”. Vai saber… O que importa: “As Baladas de Adam Henry” é imperdível!

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“A minha história é muito pior!” http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/02/19/a-minha-historia-e-muito-pior/ http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/02/19/a-minha-historia-e-muito-pior/#respond Thu, 19 Feb 2015 15:53:07 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15005285.jpeg http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/?p=965 Quando a pessoa está devastada pelo fim da relação, magoada, desiludida por ver os sonhos de vida em comum não realizados, enfim, sofrendo intensamente, é comum achar que a sua história de separação é a pior que existe.

O problema é que essa crença funciona feito tiro no pé. Assumir o papel de vítima só dificulta ainda mais o que por si só já não moleza, como a aceitação da perda. Vitimar-se não impulsiona ninguém a seguir em frente, a se entregar a uma nova existência, a outras rotinas. Ao contrário, o sentimento de autocomiseração imobiliza, mina a capacidade da pessoa para resolver suas questões tanto de ordem afetiva como prática. Às vezes, o drama vai parar no tribunal, e a solução de um problema tão íntimo, uma história tão pessoal é terceirizada para o Estado.

Nesse sentido, entre vários outros sentidos, o livro recém-lançado pela respeitada juíza e escritora Andréa Pachá, “Segredo de Justiça”, é exemplar. O prefácio começa com a seguinte frase: “Vou lhe contar uma coisa: somos todos iguais. Na alegria e na tristeza”. Alguns parágrafos depois, ela afirma: “Embora a experiência da dor seja individual, a nossa humanidade nos faz pouco originais nas contradições, nos afetos e nos desamores”.

 

segredo de justiça
Detalhe da capa do recente livro da juíza Andréa Pachá (Foto: divulgação)

O livro traz 48 histórias criadas pela juíza, mas cujos conflitos existiram de verdade e ela presenciou entre as mais de 18 mil audiências realizadas durante seus 15 anos como juíza da Vara de Família no Rio de Janeiro. Hoje, ela atua como juíza da 4ª Vara de Órfãos e Sucessões do Rio de Janeiro e ouvidora-geral do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro.

Nem só aos magistrados, nem só aos separados. As histórias têm muito para encantar todo leitor, porque revelam dramas humanos das mais diferentes matizes, refletindo os sentimentos e as razões dos personagens envolvidos, como a mulher ferida mesmo depois de 17 anos separada, pois o marido a deixara para ficar com a irmã dela mais nova, ou do preocupado filho que pede na Justiça a interdição do pai, de 86 anos, que apresenta sintomas de demência senil.

A talentosa escritora e respeitada juíza Andréa Pachá (Foto: divulgação)
A talentosa escritora e respeitada juíza Andréa Pachá (Foto: divulgação)

As histórias, curiosas e emocionantes, são contados por meio de textos saborosos, leves, de humor esperto, sutil. Além disso, trazem questionamentos e reflexões a partir de uma abordagem delicada, extremamente amorosa, um olhar humano e afetuoso para o drama do outro.

“Segredo de Justiça” (224 páginas, ed. Agir), lançado no fim do ano passado, é uma espécie de complemento do best-seller “A Vida Não é Justa” (192 páginas, ed. Agir), de 2012.

Capa do best-seller de Andréa Pachá, lançado em 2013 (Foto: divulgação)
Capa do best-seller de Andréa Pachá, de 2012 (Foto: divulgação)

Neste primeiro livro, Andréa também faz ficção a partir de casos reais, porém foca nos casos dramáticos de fim do amor – uma senhorinha viciada em sexo virtual; pais que vão ao tribunal decidir a escola do filho; um garoto lutando sozinho pelo seu registro de nascimento. Logo mais, essas histórias devem estar em uma minissérie da Globo, que comprou os direitos da obra.

“Segredo de Justiça” trata da vida depois que o casamento termina, como filhos, pensão, patrimônio e velhice. Uma leitura que enriquece o repertório de homens e mulheres sobre a complexidade e as contradições dos amores e desamores.

Leia mais: “A Balada de Adam Henry”, livro do escritor best-seller Ian McEwan, em que a personagem principal é uma eminente juíza da Alta Corte britânica

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O casamento dançou e você não vai sambar? Dê risada com esses filmes http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/02/13/o-casamento-dancou-e-voce-nao-vai-sambar-de-risada-com-esses-filmes/ http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/02/13/o-casamento-dancou-e-voce-nao-vai-sambar-de-risada-com-esses-filmes/#respond Fri, 13 Feb 2015 18:42:26 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15005285.jpeg http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/?p=921 Programinha caseiro para dar boas risadas e levantar o astral para quem anda chororô neste Carnaval. Segue uma seleção ótima de três comédias românticas que envolvem o tema separação.

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Momento revival do casal depois de uma década de separação no filme “Simplesmente Complicado”

Por Giovanna Maradei

“Simplesmente Complicado” (2009) 

É possível ter um caso com o ex-marido? Jane (Meryl Streep) vai mostrar que sim – mesmo se o casal estiver divorciado há anos. O reencontro dos dois acontece em uma viagem para a formatura de um dos seus três filhos. O ex-marido, Jake, interpretado por Alec Baldwin, traiu a ex-mulher e depois casou com a jovem amante. Ela nunca superou completamente a separação. E ele, agora, está em crise no novo casamento. A sós, os dois vão relembrar o passado e ter aquela recaída básica (quem nunca?). Mas, dessa vez, Jane é a amante, e os filhos não podem saber de nada. Veja o trailer aqui

 

“Separados pelo Casamento” (2006) 

A batalha do casal que se separa mas nenhum dos dois quer sair do apartamento
A batalha do casal que se separa mas nenhum dos dois quer sair do apartamento

Quem vai ficar com o apartamento? O tradicional dilema é o ponto de partida desse filme, estrelado por Jennifer Aniston e Vince Vaughn. Na impossibilidade de chegar a um acordo, o casal resolve dividir o apartamento ao meio. Os quartos para ela, a sala para ele. O circo está montado. Os dois iniciam uma hilária batalha para ver quem dará o braço a torcer primeiro e deixar a casa para o outro. É muito engraçado. Alguma semelhança com as brigas que travadas com a (o) ex? Não é mera coincidência. Veja o trailer aqui

 

“Sob o Sol da Toscana” (2003)

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Americana se aventura no interior da toscana depois de uma dolorosa separação

Este é o favorito do blog. Mudar de casa, de cidade ou de país é o sonho de muitos separados. Alguns não chegam a tanto, ficam na reforma do apartamento ou, no mínimo, do estilo de vida. Não importa qual o seu caso. É quase impossível não se inspirar ou, ao menos, vibrar muito com a história de Frances Mayes (Diane Lane), protagonista dessa clássica comédia romântica. Após ganhar uma viagem para a belíssima região italiana da Toscana, a protagonista, recém-separada, descobre ali sua grande chance de recomeçar. Abandona a excursão com a qual estava viajando e compra uma casa linda, embora caindo aos pedaços, na pacata cidade de Cortona. Como todos os recém-separados, ela terá que aprender a se virar e é aí que a verdadeira e incrível viagem começa.  Veja trailer aqui

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Está sem bloco? Ideias para o primeiro Carnaval após a separação http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/02/12/esta-sem-bloco-ideias-para-o-primeiro-carnaval-apos-a-separacao/ http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/02/12/esta-sem-bloco-ideias-para-o-primeiro-carnaval-apos-a-separacao/#respond Thu, 12 Feb 2015 18:39:10 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15005285.jpeg http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/?p=857 paraquedas:Foto- Juca Varella:Folha Press
Se joga: no samba, no SPA ou do avião – com paraquedas (Foto: Juca Varella/Folhapress)

Você é um recém-separado ávido por estrear em grande estilo a liberdade depois de muitos Carnavais na casa de praia da cunhada, isolado no campo ou até sambando na avenida, mas sob supervisão cerrada? Vá fundo, se jogue na folia.

Já o recém-separado em momento de fossa profunda e avassaladora deve tomar cuidados especiais para driblar a previsível crise do feriado. E esse é enorme, quase uma semana de tempo livre, menos amigos por perto e a impossibilidade de fazer sequer umas comprinhas (consumir acalma tanto a ansiedade…). A regra de ouro de autopreservação é: monte uma programação com atividades para esses dias, seja fora da cidade, em casa, acompanhado ou sozinho. Mas não se abandone! É fundamental montar uma agenda, se programar para viver esses dias de um jeito gostoso. Seguem sugestões.

Que tal um programa diferentão que você nem imaginava que existisse ou até já desejou, mas sempre faltou ânimo ou tempo para encarar? Cavalgadas ao luar, por exemplo. Ok, não estamos na Lua Cheia, mas a aventura acontece também em noites mais escuras e durante o dia. Hotéis-fazenda no interior de São Paulo organizam esses passeios, que são feitos em grupo e com guia.

Outra ideia: saltar de paraquedas. É produção de adrenalina garantida até a Quarta-Feira de Cinzas. No interior de São Paulo, a cidade de Boituva concentra Centro Nacional de Paraquedismo.

Proposta menos radical: explorações de bike. Pegue o mapa da cidade e escolha um bairro que lhe é totalmente desconhecido e parta para o passeio exploratório sobre a magrela. É providencial: informar-se sobre o destino, os atrativos do lugar e sua história para evitar roubadas.

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Quem avisa, amigo é: telefone logo para os amigos e faça uma lista da turma que vai passar o feriado na cidade

E os amigos? Não deixe para a hora H. Ligue com antecedência para saber quem não vai viajar no feriado e monte uma lista com os nomes daqueles que poderá chamar para uma saída: cineminha, caminhada, drinques, café… Programa com amigo é sempre bom! 

Você com você mesmo. Aproveite o tempo e a solitude em casa para se entregar de verdade, de corpo e alma, a atividades que te dão prazer genuíno e não exigem companhia – aliás, sozinho fica até melhor. Exemplos: cuidar do seu jardim ou apenas dar um trato no vasinho da janela; dedicar-se à leitura; cozinhar um prato que você está desejando muito comer; dar um “up” no decor da casa, mudando de lugar móveis e objetos; ligar o som e sair dançando…

A terapeuta Aya Nawa faz sessão de shiatsu na clínica Luiza Sato. Foto: Alexandre Rezende/Folhapress A terapeuta Aya Nawa faz sessão de shiatsu na clínica Luiza Sato. Foto: Alexandre Rezende/Folhapress
Tema de enredo campeão: massagens, banhos e hidratações (Foto: Alexandre Rezende/Folhapress

A quantas anda a “beauté”? São Paulo dispõe de SPAs urbanos onde você pode adquirir uma única tarde ou um dia inteiro dedicado ao prazer em pleno Carnaval. Se estiver muito dura, monte um templo do bem-estar em casa. Afinal, há tempo de sobra para hidratar o corpo, passar máscara no cabelo e no rosto e ainda sair andando assim pela casa. Afinal, não há ninguém para estranhar o modelito. Por fim, encha a banheira, salpique sais de banho na água, ligue o som e se refestele.

Dê um gás na endorfina. Todo mundo sabe: exercício físico anima e ainda ajuda você a manter o corpão. Vale qualquer tipo de atividade – correr, caminhar, sambar, fazer bambolê, nadar, andar de patins, pedalar, praticar masturbação (aliás, há quanto tempo você não se liga no assunto?).

O que não fazer neste primeiro Carnaval separado

Pensar nas finanças (a menos que elas estejam em alta). Dê folga à planilha dos gastos mensais para evitar que a angústia contamine as horas livres do feriado.

Viajar com casalzinho. Ainda que os seus melhores amigos sejam uma feliz dupla de marido e mulher, essa não é a melhor hora para acompanhá-los numa viagem. A menos que você queira relembrar o estilo de vida de quando estava casado. Mas é cedo ainda, não?

Resort é roubada. Só vai família e, pior, com criancinha! Não é exatamente o melhor ambiente para encontrar paz, se dedicar a momentos meditativos, à leitura, nem para conhecer pessoas que estão no seu momento de vida.

Os arquitetos da Archer & Buchanan criaram uma réplica da casa dos "hobbits"_chale replica do filme Hobbit
Tudo para levantar a poeira e dar a volta por cima nesse feriadão, menos casinha no meio do mato (Foto: divulgação)

Destino romântico é para masoquista. A saber: chalé na montanha com lareira, chalé na montanha sem lareira, pousada com cachoeiras perto, praia totalmente deserta…

Procurei insanamente um ala de escola de samba ou um bloquinho ao menos dedicado ao separados, divorciados, ex-casados e afins. Mas, incrível, não encontrei nada! Para 2016, “Casar, descasar, recasar” promete lançar o Bloco dos Inteiros (a ideia é: não está mais casado, mas está inteiro). Ou Bloco dos Inteiraços?

Feliz Carnaval!!

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