Casar, descasar, recasarNotícias – Casar, descasar, recasar http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br Wed, 20 Apr 2016 18:43:12 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Príncipes brasileiros e TFP assinam abaixo-assinado ao papa http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/08/31/principes-brasileiros-e-tfp-assinam-abaixo-assinado-ao-papa/ http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/08/31/principes-brasileiros-e-tfp-assinam-abaixo-assinado-ao-papa/#respond Mon, 31 Aug 2015 18:40:47 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15005285.jpeg http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/?p=1926 Mais de meio milhão de pessoas, segundo os organizadores da empreitada, já assinaram um manifesto pedindo ao papa Francisco que não permita a comunhão aos divorciados em segunda casamento civil e condene as uniões homossexuais – “contrárias à lei divina e à lei natural”.

Na carta ao “Beatíssimo Padre”, o grupo afirma que “desde a chamada Revolução de 68, sofremos uma imposição gradual e sistemática de costumes morais contrários à lei natural e divina, tão implacável que torna hoje possível, por exemplo, ensinar em muitos lugares a aberrante `teoria do gênero’, a partir da mais tenra infância”.

Foto de tela do site com abaixo assinado contra a comunhão dos divorciados em segundo casamento
Foto de tela do site com abaixo assinado contra a comunhão dos divorciados em segundo casamento

Em outubro, bispos do mundo inteiro vão discutir no Vaticano, durante o segundo Sínodo dos Bispos (espécie de Parlamento da Igreja Católica), o tratamento da Igreja Católica aos divorciados e o casamento gay, o que pode render mudanças nas regras da Igreja.

Leia também: Hóstia para os divorciados!

A campanha contra está publicada na página Filial Súplica a Sua Santidade o Papa Francisco sobre o Futuro da Família e traz a lista das chamadas personalidades que assinaram a petição.

Entre os brasileiros, estão vários arcebispos (da Paraíba, do Ordinariado Militar, de Juiz de Fora…); o co-fundador da TFP (Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade), Adolpho Lindenberg; e dois príncipes – Dom Antônio de Orleans e Bragança e Dom Luiz de Orleans e Bragança.

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Foto de tela do abaixo assinado a favor da comunhão para divorciados que voltaram a se casar

De outro lado, o papa Francisco receberá um abaixo-assinado em apoio a possível decisão do Sínodo de permitir o acesso à comunhão aos divorciados em segunda casamento. A campanha acaba de ser lançada por um grupo de teólogos espanhóis de prestígio reconhecido. Chamada “Carta ao Bispo de Roma”, foi lançada em espanhol na plataforma Change.org e será acompanhada de outras em inglês, francês, alemão e italiano.

Na carta, os teólogos afirmam que “a prudência pastoral não só permite como hoje exige uma mudança de postura” e apresentam razões bíblicas e antropológicas para justificar o manifesto.

Uma delas refere-se à célebre frase “o que Deus uniu o homem não separa”, alegando que não se conhecia no tempo de Jesus a situação de um casamento (talvez por culpa de ambos ou de uma incompatibilidade de gênios desconhecida anteriormente) que fracassa no seu projeto de união. O texto argumenta que na Palestina do século 1, as palavras de Jesus referiam-se diretamente ao marido que trai e abandona a mulher por outra mulher ou por motivo desse tipo. Ou seja, trata-se primeiramente de uma defesa da mulher.

E você: é a favor ou contra que os católicos divorciados e recasados participem da comunhão? Mande o seu voto para cá!

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Na saúde ou na doença, sobra mais para elas http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/04/16/na-saude-ou-na-doenca-sobra-mais-para-elas/ http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/04/16/na-saude-ou-na-doenca-sobra-mais-para-elas/#respond Thu, 16 Apr 2015 21:42:15 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15005285.jpeg http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/?p=1427 imagem da fotografa finlandesa Elina Brotherus
Doença e divórcio são temas de duas pesquisas cujos resultados são pouco animadores para as mulheres  (Foto: Elina Brotherus)

Enfrentar a barra pesada que se segue ao diagnóstico de uma doença grave é tarefa árdua, capaz de balançar os mais sólidos dos casamentos. Até aí, não há grande novidade. As controvérsias surgem quando uma pesquisa feita na Universidade Estadual de Iowa, nos Estados Unidos, afirma: se é a esposa que adoece, a probabilidade de divórcio cresce 6%, quando é o marido, as chances de separação são as mesmas de quando não há doentes.

O estudo, publicado na edição de março do “Journal of Health and Social Behavior”, foi desenvolvido por Amelia Karraker, professora de desenvolvimento humano e estudos de família. Ela analisou 2.701 casamentos com pelo menos 20 anos de duração, nos quais um dos cônjuges foi diagnosticado com doenças físicas graves, especificamente câncer, doenças do coração, do pulmão e/ou derrames cerebrais. No total, 32% destas uniões terminaram em divórcio e 24%, em viuvez.

A pesquisa não aponta as principais causas das separações, mas Amelia ressalta: “Há uma diferença entre sentir-se muito doente para fazer o jantar e precisar de alguém para alimentá-lo. Isso é algo que realmente pode mudar a dinâmica dentro de um casamento”.

Ainda segundo a pesquisadora, as esposas mostraram-se mais insatisfeitas do que os maridos com a atenção recebida em casa, o que poderia ser uma causa do aumento dos divórcios quando são elas que adoecem.

O que inspirou Amelia Karraker a se envolver com esse tema foram os dois casos muito conhecidos e criticados nos Estados Unidos dos ex-parlamentares John Edwards e Newt Gingrich, que se divorciaram de suas mulheres quando ambas estavam doentes.

DIVÓRCIO FAZ MAL AO CORAÇÃO?

Outra pesquisa americana traz má noticia às mulheres, em especial as divorcidadas. Segundo o estudo, elas têm 24% mais chances de sofrer um ataque cardíaco do que as casadas, e o risco aumenta para 77% no caso das que se divorciaram mais de uma vez.

Já os homens, após o término do primeiro casamento, têm 10% mais chances de ser vítima da doença e 30% se passar por mais de um divórcio.

Como se não bastasse a diferença gritante, a pesquisa concluiu ainda que, no caso deles, um novo casamento eliminou esse aumento, já para elas o efeito positivo foi muito pequeno.

O estudo, desenvolvido pela Universidade Duke e recém-publicado pelo periódico “Circulation”, analisou 15.827 pessoas entre os anos de 1992 e 2010. Durante este período, um em cada três pesquisados se divorciou.

Linda George, uma das autoras do trabalho, diz que os índices representam um risco significativo, comparável aos de quem tem pressão alta ou diabetes e que a diferença do impacto entre homens e mulheres também é percebido em casos de depressão. Para ela, o divórcio representa um “fardo psicológico” maior para as mulheres, embora ainda não seja possível entender o que de fato acontece.

Por outro lado, em entrevista à BBC, Jeremy Pearson, da British Heart Foundation (Fundação Britânica do Coração), diz que os pesquisadores já sabiam que a saúde mental pode afetar o coração e que esses resultados não são evidências definitivas da ligação entre o estresse de um divórcio e os riscos de um enfarte. Para ele é preciso “mais estudos antes de considerar o divórcio um fator de risco significativo”.

 

 

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O que o mundo pensa da infidelidade e do divórcio http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/02/02/o-que-o-mundo-pensa-da-infidelidade-e-do-divorcio/ http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/02/02/o-que-o-mundo-pensa-da-infidelidade-e-do-divorcio/#respond Mon, 02 Feb 2015 13:11:29 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15005285.jpeg http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/?p=715 Markus Reugels
De Ghana, passando pela Rússia e El Salvador até o Reino Unido, o que 40 países pensam de polêmicas questões de ordem moral (Foto: Markus Reugels)

Bastou o marido ir embora de casa para a simpática senhorinha do apartamento do andar de cima se transformar numa velhinha casca grossa que só reclama da moradora agora divorciada. A referida vizinha integra os 24% de brasileiros que ainda consideram o divórcio uma atitude inaceitável. Esse número também parece inaceitável, mas foi revelado pelo respeitado instituto de pesquisa norte-americano Pew Reserch Center, que entrevistou 40.117 pessoas de 40 países sobre oito temas de ordem moral amplamente discutidos:

* traição

* divórcio

* aborto

* sexo antes do casamento

* uso de contraceptivos

* homossexualidade

* jogos de aposta

* consumo de álcool.

Sobre cada tema, as pessoas tinham a opção de dizer se consideravam moralmente aceitável, moralmente inaceitável ou não se tratar de uma questão de ordem moral.

Confira como é a aceitação do divórcio e do adultério em 40 países do mundo.

Onde se torce o nariz para o divórcio

Em diversos países do mundo, o divórcio é muito malvisto. Gana lidera a lista dos intransigentes: 80% rejeita a separação. Incrível? Nem tanto. O índice está dentro dos padrões do continente africano, onde quatro dos seis países pesquisados têm mais da metade da população contra romper um casamento. A surpresa veio da terra de Cleópatra: apenas 7% dos egípcios são contra o divórcio e 30% deles acham que o assunto nem chega a ser de ordem moral.

Já o espanhol é o povo campeão da tolerância, seguido de perto pelo francês (míseros 4% e 5%, respectivamente, rejeitam o divórcio).

Confira o gráfico:

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U% representa a porcentagem de pessoas que consideram o divórcio moralmente inaceitável; A%, que consideram moralmente aceitável; e N%,  que consideram não se tratar de questão moral. Fonte: Pew Research Center

Traição sem perdão

Dizem que todo mundo já traiu ou vai trair um dia. Pode até ser, mas a maioria não se orgulha da atitude. Entre as questões morais avaliadas, a infidelidade foi a mais rejeitada pelos entrevistados: 78% das pessoas de 40 países disseram que trair o parceiro ou a parceira é moralmente inaceitável. No Brasil, esse número sobe para 84%.

A França é uma notável exceção: o único país onde menos da metade da população (47%) considera que ter um caso extraconjugal é uma atitude moralmente suspeita. Quatro em cada dez franceses nem consideram infidelidade uma questão moral.

Leia mais: Franceses se divorciam menos e também se casam menos

Confira os números em cada país:

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U% representa a porcentagem de pessoas que consideram o caso extraconjugal moralmente inaceitável, A%, que consideram moralmente aceitável; e N%, que consideram não se tratar de questão moral. Fonte: Pew Research Center
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Dois tipos de guerreira em dois filmes imperdíveis http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/01/30/dois-tipos-de-guerreira-em-dois-filmes-imperdiveis/ http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/01/30/dois-tipos-de-guerreira-em-dois-filmes-imperdiveis/#respond Fri, 30 Jan 2015 22:08:44 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15005285.jpeg http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/?p=725 Difícil passar batido pelo tema mulher/casamento/filhos explorado em dois filmes imperdíveis em cartaz em São Paulo agora. Se não assistiu: corra!

Um deles é a produção “Mil Vezes Boa Noite”. A protagonista, vivida pela francesa Juliette Binoche, é uma das melhores fotógrafas de guerra do mundo. Sua perigosa rotina é feita de viagens rumo a zonas de conflito pesado. Só que ela é mãe – tem duas lindas meninas, além de um maridão.

Como dá para conciliar? Pois é, essa é a questão central. Não dá. É preciso escolher entre a profissão, que ela já sabia ser era a grande paixão da sua vida muito antes de se casar e ser mãe, e a sua desolada família. O marido (Nikolaj Coster-Waldau, de “Game of Thrones”) num dado momento, quando não atura mais a situação de ter de segurar a onda da família sozinho, acaba dando um duro ultimato e as crianças crescem sofrendo com a ausência da mãe e a sensação constante da sua iminente morte durante o expediente de trabalho.

O segundo filme é o que está na boca do povo: “Boyhood – Da Infância à Juventude”. Não é apenas – o que também já bastaria – um filme que acompanha a vida de um menino durante 12 anos. É excelente sob muitos outros aspectos – casamento e maternidade, por exemplo.

A mãe (a americana Patricia Arquette, vencedora do Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante) engravida muito jovem e logo de dois filhos. Separa-se do “irresponsável” e também adorável marido (Ethan Hawke).

Essa mãe, ao contrário da fotógrafa, se desdobra, se “mata” para estudar e dar conta da criação do casal de filhos. Megaresponsável e muito exigente consigo e as crianças, é também uma afetiva e protetora mãe. Já no quesito matrimônio, faz péssimas escolhas.

Em meio à vida atribulada de mãe solteira e professora universitária, ela vai dando conta de casar e descasar dos maridos problemáticos, mantendo os filhos sempre como prioridade na vida.

Duas mulheres guerreiras: uma na profissão (a fotógrafa, duplamente guerreira, aliás) e outra no âmbito da maternidade (a professora universitária). Uma não consegue viver sem se dedicar aos filhos; a outra não consegue viver dedicada aos filhos. Dá para julgar? Vai lá ver e depois me conta. Bom fim de semana!

Leia mais: O casamento dançou e você não vai sambar? Dê risada com esses filmes

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Na Inglaterra, cada vez mais grisalhos se divorciam http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/01/15/na-inglaterra-cada-vez-mais-grisalhos-se-divorciam/ http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/01/15/na-inglaterra-cada-vez-mais-grisalhos-se-divorciam/#respond Thu, 15 Jan 2015 19:24:53 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15005285.jpeg http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/?p=322 Por Giovanna Maradei

Não existe idade certa para se apaixonar, namorar, casar e muito menos para se separar! Especialmente no Reino Unido. Até 2037, uma em cada dez pessoas que se divorciarem no país estarão com mais de 60 anos de idade, segundo estimativa de pesquisadores do ILC-UK, o Centro Internacional de Longevidade

A previsão foi feita a partir de dados fornecidos pelo Escritório Nacional de Estatísticas do país (Office for National Statistics) que o número de ingleses que se divorciaram com 60 anos ou mais aumentou 85% entre 1990 e 2012. E os números continuam crescendo.

As pessoas estão vivendo mais, claro. Mas essa não é a única justificativa para a tendência. Os ingleses estão também casando mais tarde, o que retarda as separações. As noivinhas inglesas têm em média 33,8 anos de idade, já os noivos, uma média de 36,6 anos. Por aqui, as meninas casam por volta dos 27, e os rapazes aos 30 anos, em média. Já os casais do mesmo sexo se unem mais tarde: as mulheres aos 35 e os homens aos 37, em média, segundo a última estatística do IBGE, de 2013 e divulgada no mês passado.

A forma cada vez mais natural de os ingleses encararem o divórcio e a maior independência financeira da mulher são outras razões apontadas para explicar o crescimento de divorciados com idade avançada.

O divórcio tardio, porém, tem suas consequências negativas. Os pesquisadores destacam que, além de dificuldades financeiras, que ainda afetam muito mais as mulheres do que os homens, esses novos divorciados, e também idosos, deixam de contar com a ajuda de seus parceiros em caso de doença, ficando mais dependentes de filhos, de profissionais cuidadores ou casas especializadas.

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Que caso extraconjugal é esse que ganha Globo de Ouro? http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/01/13/que-caso-extraconjugal-e-esse-que-ganha-globo-de-ouro/ http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/01/13/que-caso-extraconjugal-e-esse-que-ganha-globo-de-ouro/#respond Tue, 13 Jan 2015 20:06:55 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15005285.jpeg http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/?p=297 (Paul Drinkwater_Associated Press)
Sarah Treem, acompanhada de sua equipe, recebe a estatueta pela série “The Affair” (Foto: Paul Drinkwater/Associated Press)

A série que levou o Globo de Ouro neste último domingo (11/1), desbancando “House of Cards” e “Downton Abbey” (os dois queridinhos dos brasileiros) além dos populares “Game of Thrones” e “The Good Wife”, não parece ser uma história vazia e óbvia sobre o manjado tema da traição.

“The Affair” levou o prêmio de melhor série dramática e ainda o da categoria melhor atriz. Não há previsão de estreia no Brasil, mas a ótima entrevista dada pela criadora da série, Sarah Treem, ao site da “Time” revela algumas questões interessantes, questionadoras, que podem ajudar a entender a (o) parceira (o) ou a si mesmo. Veja se alguma dessas teorias fazem sentido para você.

“Quando as pessoas procuram um amante não é porque estão insatisfeitas com seus parceiros, mas porque estão insatisfeitas com o que se tornaram.” A tese é da consultora da série, Esther Perel, famosa terapeuta de casal e autora de “Mating in Captivity”, e foi um dos princípios que serviram de base para Sarah Treem e o coautor, Hagai Levi (“In Treatment”).

A trama gira em torno do affair entre o professor e escritor Noah (Dominic West), casado e pai de quatro filhos, e a garçonete Alison (Ruth Wilson, Globo de Ouro de melhor atriz de série dramática), casada e mãe de um garoto de 4 anos morto no início da série.

Para desvendar um crime sobre o qual os telespectadores não sabem muita coisa, a autora alterna os pontos de vista de Noah e Alison sobre a mesma história em seus depoimentos à polícia. Assim, Sarah mostra diferentes visões do homem e da mulher sobre o mundo e especialmente sobre os relacionamentos amorosos.

Um exemplo dessa diferença do ponto de vista formal do roteiro pode ser identificada na vida real: o personagem masculino conta a história de forma mais linear, começa num ponto e termina em outro à frente. Já a narrativa da mulher é mais circular, digamos que dá voltas, feito uma espiral. Ela avança na história, retorna um pouquinho, vai para a frente de novo…

The affair divulgação
Os protagonistas do caso extraconjugal: o professor e escritor Noah (Dominic West) e a garçonete Alison (Ruth Wilson) (Foto: divulgação)

E mais: ninguém parece constantemente muito legal ou malvado o tempo todo. “Tentamos mostrar na série que a maioria das pessoas são capazes de quase tudo. É apenas uma questão de circunstâncias nas quais a pessoa se encontra”, diz ela. Você constroi um personagem para você, mas então as as circunstâncias mudam de uma maneira tão significativa que você passa a agir de uma maneira que nunca poderia ter previsto. Mas não é porque somos diferentes: aquele comportamento sempre fez parte de nós”, diz a autora.

Ela pode ter razão. Mas acho que a busca deve ser por recursos que ajudem a pessoa a não se deixar ser administrada pelas circunstâncias, a não reagir segundo os estímulos externos, mas ser capaz de se  autogovernar a partir das suas convicções mais profundas.

E vamos torcer para que essa supersérie, produzida pela Showtime e já na segunda temporada nos Estados Unidos, chegue logo por aqui!

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Somos todos Charlie http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/01/08/somos-todos-charlie/ http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/01/08/somos-todos-charlie/#respond Thu, 08 Jan 2015 15:04:52 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15005285.jpeg http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/?p=270 Desenho de Wolinski na capa do exemplar número 223 do semanário francês (Reprodução)
Desenho de Wolinski na capa do exemplar número 223 do semanário francês (Reprodução)

“Ela me engana com o meu melhor amigo!” é o lamento do marido no desenho de Georges Wolinski, 80, que foi capa sobre aumento no número de divórcios na França em uma das edições do satírico Charlie Hebdo.

Fica aqui a homenagem de “Casar, recasar, descasar” a este que foi um dos mais reverenciados cartunistas da França e um símbolo de maio de 68 e também aos demais 11 assassinados na manhã de ontem na redação do semanário, em Paris.

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As mulheres estão traindo mais os maridos – e quanto isso custa? http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/01/06/as-mulheres-estao-traindo-mais-os-maridos-e-quanto-isso-custa/ http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/01/06/as-mulheres-estao-traindo-mais-os-maridos-e-quanto-isso-custa/#respond Tue, 06 Jan 2015 21:40:32 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15005285.jpeg http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/?p=120 “Traição feminina é uma das principais causas de divórcio hoje”, me disse o presidente da Comissão de Direito de Família da OAB-SP, Nelson Sussuma Shikicima. “Em um mês, eu atendi três homens traídos.”

Os maridos, digamos, corneados têm idades entre 20 e 50 anos. Já a turma acima de 50 vivencia mais raramente as histórias de infidelidade no casamento.

“É uma revanche da mulher”, diz a advogada especializada em direito de família Shirlei Saracene. Brincadeira dela, claro. O comentário cômico se referia à histórica – e nesse caso bem séria – posição de inferioridade da mulher em relação ao homem que trai, inclusive na visão da lei. As traídas já foram punidas com morte, mutilação e outras maldades na antiguidade, assim como ainda são até hoje em certos países muçulmanos.

No Brasil, faz pouco tempo que a infidelidade (seja dele ou dela) deixou ser crime. A mudança se deu em 2005! Até então, pelo Código Penal (artigo 240) a traição no casamento representava um dano social, que agride a sociedade, portanto um ato criminoso! Apesar de não ser mais assim, o adultério como causa do divórcio pode resultar numa encrenca legal. O Código Civil (que trata das relações privadas) traz como um dos deveres dos cônjuges manter a fidelidade. Se descumprir esse dever, pode haver consequências. A saber:

1. a mulher perde o direito à pensão alimentícia (fica apenas com o mínimo para subsistência caso não tenha condições de trabalhar ou não haja um parente ou alguém próximo que possa sustentá-la). E a regra, claro, vale também para o homem infiel com direito à pensão alimentícia.

2. a mulher perde o direito de usar o sobrenome do ex-marido. Quem faz questão do “santo” nome? Bom, quem vive certas situações excepcionais, como a mulher cuja carreira foi construída com o nome do cônjuge e a perda acarretaria enorme prejuízo. Nesse caso, o juiz pode avaliar a questão.

INDENIZAÇÃO PARA O MARIDO

Ele pode pedir uma reparação civil, uma indenização pela ofensa causada por ela com a traição, alegando, por exemplo, que a traição foi fonte de muita humilhação, constrangimento, angústia e exposição pública ofensiva, entre outros.

Mas atenção: os juízes têm pouca disposição para apurar infidelidade como causa de divórcio. Para aplicar a indenização, é preciso apurar o dano e o ato ilícito, entre vários elementos. O processo é considerado uma espécie de retrocesso, uma volta aos tempos em que se investigava para provar “a culpa” de um dos cônjuges. Os juízes só penalizam se for uma causa muita drástica, diz Shirlei Saracene.

Aliás, a advogada recomenda: se a pessoa está sendo infiel e decidiu romper o casamento, que ela formalize a separação antes que essa causa apareça e o sofrimento seja maior.

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