Depois de assistir ao excelente “Amy”, documentário sobre a carreira e a vida trágica da diva do soul britânica Amy Winehouse, em cartaz em São Paulo, fiquei com a séria convicção de que ela sofria do tal amor patológico.
Camille Claudel, com sua fixação por Rodin, tinha os traços da doença, diz a psiquiatra Monica Zilberman, do Instituto de Psiquiatria (IPQ) do Hospital das Clínicas de São Paulo. O personagem de Jim Carrey em “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”, idem.
Winehouse era louca pelo marido, cujo relacionamento foi intenso, megaconturbado e autodestrutivo. A felicidade dela dependia da dele (“Se o meu marido está feliz, eu também estou”). Queria que as coisas fossem sentidas por ambos da mesma maneira, em uma relação simbiótica e obsessiva, duas características da doença que integra a lista dos transtornos tratados no Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso do Hospital das Clínicas de SP.
Pessoas que sofrem de amor patológico (ou excessivo) ficam tão obcecadas pelo outro que chegam a fazer comentários do tipo “eu sei como um dependente de crack se sente”. A droga, no caso, é o parceiro (ou parceira, tanto faz, assim como a idade e a relação, que pode ser conjugal, de namoro ou entre amantes). No caso de Winehouse, ela tinha drogas a rodo: as ilícitas e um sujeito tóxico como marido.
“Eu perco a minha irmã quando ela está apaixonada”, diz o irmão de uma paciente. Isso porque tudo perde importância para a pessoa – família, trabalho, filhos, inclusive ela própria, que se anula, abandona seus interesses e necessidades. Passa a viver em função do companheiro, sendo excessiva no controle e nos cuidados (marca médico para uma dor de barriga dele, mas não vai ao cardiologista cuidar da sua hipertensão; ele é aventureiro, então ela passa a ser também…).
A incidência da doença nos homens é menor, 30% contra 70% de mulheres, mas quando eles são afetados é cruel, porque passam a questionar a própria virilidade. Carência e ligação do tipo passional são comportamentos associados ao feminino. Daí a conhecida e machista expressão “coisa de menina”, o que desviriliza o sujeito e causa sofrimento.
A fixação incontrolável pelo amado é um padrão que pode se repetir nas relações afora, ao longo da vida, ou aparecer diante de uma ameaça de rompimento. Nessa hora, surgem os sintomas, típicos de abstinência de drogas – taquicardia, dores musculares, insônia, alteração no apetite e/ou tremores. É um horror. A relação se deteriora, mas a pessoa mesmo insatisfeita não larga o osso. O pensamento é mais ou menos como “ruim com ele, pior sem ele”.
Claro que isso leva à separação. “É uma profecia que se cumpre”, como diz a psiquiatra. Um dia, sufocado, o outro vai embora, mesmo, e de preferência sem deixar rastros para não ser encontrado.
A causa da patologia tem relação com uma experiência de abandono durante a infância ou apenas o seu entendimento por parte da criança, e isso não faltou para Amy.
Seu sofrimento foi conduzido por um mix explosivo de ingredientes (cocaína, crack, álcool, bulimia, o cruel mundo da fama e a indústria sanguessuga do show business) que encontrou terreno fértil na vida de uma jovem cuja educação para o afeto na infância foi deficiente. O documentário (veja o trailer abaixo) mostra como a ausência do pai, que depois se tornou um explorador, foi dolorosa e tanto custou à artista. Para quem não viu no cinema, Amy está disponível no Netflix a partir de 1º de fevereiro.
Tratamento existe. Psicoterapia e medicamentos para eventuais problemas associados, como depressão. “Tem sido usado também a mesma medicação para dependentes de álcool e outras drogas”, diz a psiquiatra.
Maturidade também pode funcionar como remédio. O ídolo de Winehouse, o cantor Tony Bennett, 89 anos, com quem ela gravou sua última canção antes de morrer, sabiamente declarou ao saber da morte precoce da cantora: “Life teach you to live, if you live long enough” (A vida ensina como vivê-la, se você viver o suficiente).
Atendimento gratuito em SP para pessoas que sofrem de amor patológico
PRO-AMITI – Ambulatório dos Transtornos do Impulso (HC)
Endereço: Rua dr. Ovídio Pires de Campos, 785. São Paulo (SP)
Telefone: (11) 2661-7805
E-mail: contato@amiti.com.br ou proamiti.secretaria@gmail.com
Site: proamiti.com.br
Atendimento:
Por telefone – de segunda a quarta e sexta, das 9h às 17h.
Consultas, grupos de terapia e atendimento presencial – quinta, das 8h às 16h30.
Proad – Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Unifesp)
Endereço: Rua Prof. Ascendino Reis, 763, Vila Clementino, São Paulo (SP)
Telefone: (11) 5579-1543
Site: psiquiatria.unifesp.br/proad
Atendimento: de segunda a sexta, das 8h às 17h.
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Enfrentar a barra pesada que se segue ao diagnóstico de uma doença grave é tarefa árdua, capaz de balançar os mais sólidos dos casamentos. Até aí, não há grande novidade. As controvérsias surgem quando uma pesquisa feita na Universidade Estadual de Iowa, nos Estados Unidos, afirma: se é a esposa que adoece, a probabilidade de divórcio cresce 6%, quando é o marido, as chances de separação são as mesmas de quando não há doentes.
O estudo, publicado na edição de março do “Journal of Health and Social Behavior”, foi desenvolvido por Amelia Karraker, professora de desenvolvimento humano e estudos de família. Ela analisou 2.701 casamentos com pelo menos 20 anos de duração, nos quais um dos cônjuges foi diagnosticado com doenças físicas graves, especificamente câncer, doenças do coração, do pulmão e/ou derrames cerebrais. No total, 32% destas uniões terminaram em divórcio e 24%, em viuvez.
A pesquisa não aponta as principais causas das separações, mas Amelia ressalta: “Há uma diferença entre sentir-se muito doente para fazer o jantar e precisar de alguém para alimentá-lo. Isso é algo que realmente pode mudar a dinâmica dentro de um casamento”.
Ainda segundo a pesquisadora, as esposas mostraram-se mais insatisfeitas do que os maridos com a atenção recebida em casa, o que poderia ser uma causa do aumento dos divórcios quando são elas que adoecem.
O que inspirou Amelia Karraker a se envolver com esse tema foram os dois casos muito conhecidos e criticados nos Estados Unidos dos ex-parlamentares John Edwards e Newt Gingrich, que se divorciaram de suas mulheres quando ambas estavam doentes.
DIVÓRCIO FAZ MAL AO CORAÇÃO?
Outra pesquisa americana traz má noticia às mulheres, em especial as divorcidadas. Segundo o estudo, elas têm 24% mais chances de sofrer um ataque cardíaco do que as casadas, e o risco aumenta para 77% no caso das que se divorciaram mais de uma vez.
Já os homens, após o término do primeiro casamento, têm 10% mais chances de ser vítima da doença e 30% se passar por mais de um divórcio.
Como se não bastasse a diferença gritante, a pesquisa concluiu ainda que, no caso deles, um novo casamento eliminou esse aumento, já para elas o efeito positivo foi muito pequeno.
O estudo, desenvolvido pela Universidade Duke e recém-publicado pelo periódico “Circulation”, analisou 15.827 pessoas entre os anos de 1992 e 2010. Durante este período, um em cada três pesquisados se divorciou.
Linda George, uma das autoras do trabalho, diz que os índices representam um risco significativo, comparável aos de quem tem pressão alta ou diabetes e que a diferença do impacto entre homens e mulheres também é percebido em casos de depressão. Para ela, o divórcio representa um “fardo psicológico” maior para as mulheres, embora ainda não seja possível entender o que de fato acontece.
Por outro lado, em entrevista à BBC, Jeremy Pearson, da British Heart Foundation (Fundação Britânica do Coração), diz que os pesquisadores já sabiam que a saúde mental pode afetar o coração e que esses resultados não são evidências definitivas da ligação entre o estresse de um divórcio e os riscos de um enfarte. Para ele é preciso “mais estudos antes de considerar o divórcio um fator de risco significativo”.
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Por Giovanna Maradei
Ao passar por uma ruptura amorosa, o nosso corpo bem que poderia fingir que nada aconteceu. Mas não. Na maioria das vezes, vem uma vontade enorme de comer, e saímos comendo e muito – especialmente pães e doces. Porque é disso que precisamos neste momento.
Situações que causam estresse, tristeza e ansiedade diminuem os níveis de dopamina e serotonina, neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer. Consequentemente, perde-se a vontade de fazer qualquer coisa. Mas o corpo “sabe” que precisa reverter a situação e reage.
Uma das saídas mais rápidas e práticas é provocar na pessoa aquela vontade louca de comer. Esse ato em si já colabora com a fabricação de dopamina e é mais eficiente quando nos deixa com desejo de alimentos ricos em carboidrato e triptofano, substâncias que são, respectivamente, o combustível e o ingrediente usado na produção de serotonina. Onde encontrá-los? Pães, bolos e biscoitos (carboidratos) e chocolate e leite (triptofano), por exemplo.
Embora em momentos críticos você dificilmente consiga fugir de opções que tragam conforto e boas lembranças, como um pote de sorvete, existem alternativas mais saudáveis e tão eficientes. Banana, castanha e peixes de água fria, por exemplo, são ricos em triptofano; cereais integrais e batata doce, em carboidratos, com a vantagem de conterem nível glicêmico baixo, o que traz menos prejuízos ao organismo.
Atenção: comer demais não é um método de superação de sofrimento, mas uma reação do corpo. Conforme o seu estado psicológico se reorganiza, deve ser possível também, para não dizer necessário, reorganizar o cardápio.
FOME ZERO
O contrário também acontece. Há quem fique nervoso e perca totalmente a vontade de comer. Neste caso, o nível dos neurotransmissores ligados ao prazer fica tão baixo, diz a nutricionista Fernanda Timerman, que o corpo não consegue sequer reagir, deixando a pessoa sem forças para buscar algo que dá prazer.
Não se sabe ao certo que conjunto de características genéticas e psicológicas determina comer demais ou de menos. Na realidade, é possível que uma mesma pessoa passe se alimente de forma exagerada em uma situação traumática e em outra igualmente sofrida perca totalmente o apetite, explica o psiquiatra Alexandre Pinto de Azevedo. O que se pode afirmar com certeza é: comer em excesso é ruim, mas parar de comer pode ser pior.
A reorganização da mente é prejudicada se o corpo não dispõe de uma fonte de energia que estimule o cérebro a repor os neurotransmissores ligados à sensação de bem-estar. Como diz o ditado popular, saco vazio não para em pé. Ou seja, você deixa de comer porque está triste, mas sem uma alimentação que responda às suas necessidades fica ainda mais difícil superar a tristeza.
O que fazer: foque nos alimentos que consegue tolerar. Opções líquidas como sopas e vitaminas podem ser mais fáceis de encarar e são um bom começo para, aos poucos, superar a difícil fase e retomar hábitos alimentares saudáveis.
QUANDO VIRA DOENÇA
Deixar de comer e se alimentar em excesso são reações comuns quando se vive uma situação extrema. São padrões de comportamento que não devem trazer outros prejuízos para a pessoa nem podem durar por muito tempo. Do contrário, passam a ser considerados doenças.
Comer descontroladamente ao menos um dia por semana durante três meses pode indicar compulsão alimentar. Nesse caso, a pessoa come escondido, tem fixação por certos alimentos e, em caso extremo, chegar a consumir comida congelada ou extremamente quente.
Entre os que perdem o apetite, o quadro é preocupante se a pessoa desenvolve aversão à comida, sentindo enjôo e, às vezes, até vomitando só de ouvir falar no assunto. É uma forma de anorexia, mas diferente da tradicional porque não está relacionada à busca pelo corpo perfeito, mas a um estado depressivo.
Ambos são distúrbios que podem aparecer associados a diagnósticos de depressão, como a depressão melancólica (em que se perde o apetite) e a depressão atípica (quando se come demais).
EQUILÍBRIO NA MESA
Enquanto a vida e o seu cardápio não entram nos eixos, seguem aqui 8 truques para atravessar esse momento de desequilibro físico e emocional sem prejudicar tanto o seu organismo.
1. Seja econômico: mantenha a despensa e a geladeira com o estritamente necessário.
2. Quando comer na rua, vá com o dinheiro contado.
3. Mantenha um diário alimentar, onde deve ser anotado tudo o que comer e também o que tiver sentido durante a refeição.
4. Liste outras atividades, além da comilança, que ajudam você a aliviar sentimentos como tristeza, raiva e ansiedade. Há quem consiga os mesmos resultados praticando exercícios físicos – já pensou?
5. Pratique um pouco da chamada alimentação consciente: evite comer na frente do computador ou da TV e, quando estiver comendo, mantenha toda a atenção na atividade.
6. Dê uma nota para a fome antes de comer e outra ao final dela para a saciedade. Assim, você consegue perceber se come na hora da fome e se para de comer quando está satisfeito ou só depois de estufado.
7. Se o descontrole é provocado por algum alimento especifico, não o tenha disponível em casa (nem na bolsa ou na gaveta do escritório).
8. Não passe muito tempo sem comer. Isso é cruel, uma das principais causas da fome voraz que chega no fim do dia.
Fontes: Alexandre Pinto de Azevedo, psiquiatra coordenador do Grupo de Estudos em Comer Compulsivo e Obesidade do Hospital das Clínicas de São Paulo, e Fernanda Timerman, nutricionista coordenadora do Movimento de Nutrição Comportamental e do Genta (Grupo especializado em nutrição, transtornos alimentares e obesidade).
]]>Você acaba de se separar, tem um milhão de providências práticas para tomar, está com a sensibilidade à flor da pele – por vezes, diante de grandes decepções a superar – e ainda por cima tem que enfrentar o fogão! Sim, porque delivery depois de um tempo, se não leva à falência, causa enjôo.
Por isso, se você nunca foi de forno e fogão ou ficou enferrujado porque tinha alguém em casa para se preocupar com o assunto, Casar, descasar, recasar oferece a salvação.
Segue um kit sobrevivência para recém-separados com ingredientes práticos e ricos em versatilidade. Cada um rende pelo menos duas receitas que qualquer criança encara – são de fácil e rápido preparo. O kit garante refeições, incluindo aperitivos, para até duas semanas sem repetir o cardápio. Mas atenção: você deve providenciar os itens básicos dos básicos, como sal, pimenta, azeite e óleo.
Essa cesta curinga é composta de uma massa, conservas (em lata e vidro), carne moída, porque rende muitas variações na semana, 2 tipos de queijo, 2 embutidos e 3 vegetais para evitar desperdício. A lista foi formulada com a colaboração do professor do curso de Tecnologia em Gastronomia do Senac Lucas Medina e de Alessander Guerra, autor do blog “Cuecas na Cozinha” e de “Sex and the Kitchen – O Sexo e a Cozinha” (ed. Melhoramentos), entre outros livros dirigidos ao público masculino.
Segue a lista!
Curinga 1
ATUM EM LATA
O que dá para fazer?
Molho para macarrão – o atum é tão prático quanto um molho pronto. Basta esquentar o peixe com óleo e tudo e, se tiver azeitonas em casa, acrescente. O sucesso é garantido. Se tiver um molhinho de tomate, então, melhor ainda. Basta misturar na panela e cobrir a massa.
Salada – mais fácil, impossível. Junte o conteúdo da lata, sem o óleo, com o mix de folhas que você tem na geladeira. Adicione, se tiver e quiser, tomate, milho, pepino, entre outras verduras.
Sanduíche – atum misturado à maionese no pão (do tipo integral fica perfeito) e ainda algumas rodelas de tomate é um sanduíche rápido de ser preparado e ótimo para matar a fominha no final da noite.
Aperitivo – qualquer torradinha (experimente torrar o pão sírio!) com atum ralado por cima já fica uma delícia. Quando enjoar, tente o atum misturado com mostarda, ketchup e azeite.
Lembre-se de que a família dos enlatados é grande. Você pode se valer também da clássica sardinha e até salmão. Vantagem: enlatados têm data de validade longa e, quando não há muitas bocas para alimentar em casa, aguenta na despensa por muito tempo.
Curinga 2
CEBOLA EM CONSERVA
O que dá para fazer?
Picadinho – dê uma incrementada no preparo básico da carne, adicionando ao refogado as cebolinhas inteiras.
Salada – salpique algumas dessas minicebolas por cima de uma salada, como a que sobrou do dia anterior. Elas acrescentam sabor e ainda enfeitam o prato.
Sanduíche – corte as cebolas ao meio para não escorregarem e coloque dentro do pão junto com alface, queijo, tomate, cenoura e outros legumes que der vontade. Prontinho – só comer.
Aperitivo – tem habilidade zero na cozinha? Não invente, sirva cebolinhas de aperitivo.
As conservas também são uma saída para quem quer variar sem desperdiçar. Fechadas, elas duram um tempão. Além dessas minicebolas, do tipo pérola, você também encontra outros vegetais em conserva, como cenouras e pepinos.
Curinga 3
MASSA
O que dá para fazer?
Com molhos variados – adquira o eterno de tomate e também o de funghi, quatro queijos, pesto… Varie conforme o seu gosto.
Salada – o macarrão é servido frio misturado ao tipo de salada de sua preferência. Exemplo: tomatinho com mussarela de búfala, alface picada com presunto cru; milho, tomatinho e manjericão… Enfim, libere a sua imaginação. Mas prefira formatos de massas fáceis de espetar, como o pene e o farfalle (popular gravatinha).
Varie os molhos, mas também os formatos de massa e invista no tipo grano duro, cujo tempo de cozimento é mais longo e vai ajudá-lo a não perder o desejado ponto “al dente”.
Curinga 4
CUSCUZ MARROQUINO
O que dá para fazer?
Salada – basta hidratar, seguindo as coordenadas da embalagem, esperar esfriar e misturar com tomate, cenoura, palmito e outros vegetais de sua preferência. Delícia.
Acompanhamento – sirva quente, como uma substituto do arroz ou da massa, para acompanhar carne, frango ou peixe.
Além de versátil e diferentão, o cuscuz possui uma boa quantidade de fibras, o que vai deixar suas refeições mais saudáveis.
Curinga 5
SALAME E PRESUNTO CRU
O que dá para fazer?
Aperitivo – sim, é óbvio! Salaminho fatiado com uma rodela de limão por cima é dos aperitivos mais clássicos do planeta. Já o presunto cru dispensa o limão e, se você comprar fatiado (o mais recomendável), pode ir da bandejinha do supermercado ou padaria direto para a mesa.
Sanduíche – salame com qualquer tipo de queijo não tem erro; presunto cru é bom demais até sozinho no pão.
Molho para massa – misture salame em cubos no molho de tomate e você muda completamente o sabor da massa. Outra boa pedida: acrescente fatias de presunto cru naquele macarrão basicão passado na manteiga.
Risoto – quem sabe fazer um tipo de risoto sabe fazer qualquer outro. Sobre o preparo básico do arroz para risoto, você acrescenta o ingrediente que quiser. E o presunto cru ou o salame são altamente indicados.
Tenha sempre dois tipos de embutido em casa, como peito de peru e copa ou presunto cozido. Facilitam o preparo de refeições diferentes mesmo nos dias mais corridos.
Curinga 6
CREME CHEESE E GRUYÈRE
O que dá para fazer?
Na carne – fez um filezinho básico? Dê mais graça, colocando por cima da carne, no final da fritura, uma fatia de queijo. Vira outro prato.
Risoto – a geladeira pode estar às moscas, mas com manteiga, arroz arbóreo e um queijo de qualidade você garante um bom risoto.
Aperitivo – um queijo acompanhado de um bom vinho é capaz de deixar até as piores noites mais interessantes.
Salada – qualquer mix de folhas ganha ares gourmet com alguns cubinhos de queijo salpicados por cima.
Molho para massas – até o velho e bom macarrão com molho vermelho fica mais atraente se misturado com um pouco de gruyère ou cream cheese. Acabou o molho? Tudo bem, vá só com o queijo.
Varie os queijos segundo uma regra muito simples: escolha sempre um mais cremoso e suave, como ricota e queijo branco, e outro mais marcante, como o parmesão ou o brie. Assim você terá queijo para diferentes pratos.
Curinga 7
BERINJELA, ABOBRINHA E ABÓBORA
Para usar os legumes em qualquer um dos preparos abaixo, basta cozinhá-los e salteá-los com um pouco de azeite. Corte em pedaços menores se for misturá-lo com massa ou risoto e deixe-os esfriar se eles forem incrementar a salada ou o sanduíche. Você pode substituir essas três sugestões por outros legumes de acordo com seu gosto pessoal e a época do ano. O importante é não passar de três opções para evitar desperdícios e combinações não muito apetitosas, dessas que a gente faz só para a comida não estragar na geladeira.
O que dá para fazer?
Acompanhamento
Salada
Sanduíche
Massa
Risoto
Curinga 8
CARNE MOÍDA
Moída, a carne rende mais pratos do que qualquer outro corte de carne. Por isso foi a escolhida do kit. Mas, ao contrário da massa, do sanduíche e da salada, o seu preparo vai exigir de você algum conhecimento culinário. Se precisar, peça um “help” ao google, à mãe ou à ex se for o caso.
O que dá para fazer?
Almôndega
Hambúrguer
Kafta
Molho à bolonhesa
Cardápio pronto! Agora encare os desafios da nova vida cheio de saúde! Quem já passou por essa, pode mandar suas dicas para o recém-separado aqui nos comentários.
Leia mais: 4 bolos de chocolate (e 1 brigadeiro) que fazem milagres
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Sugestão: coma chocolate! Abocanhar essa iguaria promove uma sensação de prazer que equivale à de fazer sexo – pelo menos do ponto de vista científico.
Afinal, a ingestão de chocolate libera neurotransmissores similares à endorfina, que promove a sensação de prazer quando se faz atividade física ou sexo, explica a nutricionista Marle Alvarenga, pós-doutorada pela USP e coordenadora do Movimento Nutrição Comportamental.
Chocolate possui também a estimulante cafeína e seu parente teobromina, além dos muy amigos flavonoides – substâncias antialérgicas, anti-inflamatórias, cardioprotetoras… Quanto maior a concentração de cacau, mais dessas substâncias.
Mas que flavonoides que nada. O que importa mesmo nessa hora é o deleite!
Dê uma corridinha até o mercado mais próximo e adquira os ingredientes da receita que mais tem a ver com o seu humor.
BOLO DA AVÓ (Lanchonete da Cidade) *
Delícia tradicional de avó, simples, caseirinha, mas poderosa, porque acalenta a alma, remete à infância e o aconchego da casa da família
RENDIMENTO: 12 porções
TEMPO DE PREPARO: 1h30 min
INGREDIENTES
Calda de chocolate
500 ml de leite;
100 g de açúcar;
100 g de chocolate em pó com 50% de cacau;
60 g de achocolatado;
120 g de leite condensado (1/3 da lata);
20 g de manteiga.
Massa
180 g de farinha de trigo, mais um pouco para enfarinhar a fôrma;
150 g de açúcar refinado;
70 g de açúcar mascavo;
70 g de cacau em pó, mais um pouco para a fôrma;
3 ovos;
200 g de manteiga, mais um pouco para untar a fôrma;
1 colher (sopa) de fermento em pó;
1 pitada de sal;
200 ml de leite.
FAÇA ASSIM
Calda
Massa
*Receita da chef Carole Crema, da doceira La Vie en Douce e apresentadora do programa de TV “Cozinha Caseira”.
MORGADOR (Douce France) *
Receita fina, superelaborada, que vai fazer você esquecer até o seu nome de tanto tempo que ficará na cozinha e ainda vai se sentir uma Babette (a chefe francesa de “A Festa de Babette)
RENDIMENTO: 10 unidades
TEMPO DE PREPARO: 10 min (pão de ló de chocolate) e 25 min (mousse de chocolate)
INGREDIENTES
Pão de ló de Chocolate
1 ovo;
32,5 g de açúcar;
25 g de farinha de trigo;
7,5 g de cacau em pó;
papel manteiga (para cobrir a forma).
Mousse de Chocolate
4 claras;
100 g de açúcar;
250 g de chocolate meio amargo derretido;
500 ml de creme de leite fresco.
Calda de framboesa
150 g de polpa de framboesas.
Para decorar
50 g de chocolate meio amargo derretido;
50 g de manteiga de cacau;
geleia de framboesa;
framboesas.
FAÇA ASSIM
Pão de ló de chocolate
Mousse de chocolate
Calda de framboesa
Montagem
Decoração
* Receita do chef francês Fabrice Le Nud, da Patisserie Douce France.
MINI NAKED CAKE DE NUTELLA (I Could Kill for Desert) *
Um bolo pensado para você se entregar de corpo e alma ao preparo e depois compartilhar com as amigas ou a família no almoço animado de domingo
RENDIMENTO: 3 unidades (18 porções – 6 porções por unidade)
TEMPO DE PREPARO: 2h30 min
INGREDIENTES
Bolo
1 xícara de farinha de trigo;
1 + 1/4 xícara de açúcar cristal;
1/2 xícara de cacau em pó;
1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio;
1 colher de chá de fermento em pó;
1 pitada de sal;
1/2 xícara de iogurte grego;
1 colher de sopa de suco de limão;
75 ml de café expresso;
90 ml de óleo;
2 ovos;
1 colher de sopa de extrato de baunilha.
Creme de Nutella
300 g de chocolate 70% de cacau derretido;
300 g de Nutella;
250 g de manteiga sem sal em temperatura ambiente;
1/3 de xícara de cacau em pó;
1 pitada de sal;
1 colher de sopa de extrato de baunilha;
100 g (1 xícara) de açúcar impalpável, para fazer seu próprio açúcar impalpável, bata no processador 100 g de açúcar de confeiteiro com 4 g de amido de milho até que tudo fique bem misturado.
Para decorar
100 g de chocolate amargo temperado; para aprender a temperar o chocolate, clique aqui!;
frutas vermelhas;
bombons Ferrero Rocher cortados em 4 partes;
confeito de chocolate.
FAÇA ASSIM
Bolo
Creme de Nutella
Decoração
Montagem
* Receita da blogueira Danielle Noce, criadora do site “I could Kill for Desert”
BOLO DE CANECA (Socorro na Cozinha) *
Para quem não quer saber de nhe-nhe-nhem na pia e é adepto do jogo rápido no preparo de uma guloseima de lamber os dedos (nem fogão é preciso!)
RENDIMENTO: 1 porção
TEMPO DE PREPARO: 5 min
INGREDIENTES
2 colheres de sopa de farinha de trigo;
1 + 1/2 colher de sopa de cacau em pó (pode ser substituído por chocolate em pó, mas, se possível, sem açúcar para não ficar tão doce);
1 pitada pequena de sal;
1 pitada pequena de fermento em pó;
1 colher de sopa de açúcar;
1 ovo;
2 colheres de sopa de Nutella.
FAÇA ASSIM
* Receita da blogueira Vanessa Nunes, criadora do blog “Socorro na Cozinha”
BRIGANUTRI (Lilóri) *
Receita de brigadeiro especial para a turma dos intolerantes: celíacos e quem passa mal com lactose; é livre de glúten, lácteos, proteína de soja e conservantes
RENDIMENTO: 25 unidades
TEMPO TOTAL DE PREPARO: 2h 30min
INGREDIENTES
2 colheres de sopa de óleo de coco;
1 xícara de chá de farinha de grão de bico;
1 vidro de leite de coco;
1/2 xícara de chá de açúcar demerara;
3 colheres de sopa de cacau em pó granulado para enrolar.
FAÇA ASSIM
* Receita do chef Marcelo Facini, especializado em gastronomia funcional, para a Lilóri Pães e Doces, padaria artesanal dedicada a produtos sem glúten, lácteos, proteína de soja e conservantes.
Leia mais: SOS cozinha para quem se separou “ontem”
]]>Por Giovanna Maradei
Você é megafeliz no casamento. Não faltam amor, companheirismo e tudo de bom! À noite, depois do trabalho, tudo o que você quer é ficar deitada no colo dele na frente da TV. Sexo? Não, pelo amor de Deus! Se essa situação lhe parece familiar e altamente aterrorizante, mantenha a calma. A falta de vontade sexual pode ser um problema de saúde sem qualquer relação com a afeto do casal. Esse imbróglio precisa ser resolvido, claro, mas a tarefa é mais simples do que solucionar uma crise no relacionamento.
Veja abaixo razões físicas que explicam a sua negativa às propostas mais calientes do parceiro.
Cistite da lua de mel
Depois de juntar as escovas de dente, é mais do que esperado o aumento na performance sexual. Mas tanta ação pode não resultar em igual prazer. Em algumas mulheres, a mudança na frequência das relações sexuais facilita o desenvolvimento de repetidas infecções urinárias, as quais causam desconfortos. Isso pode levar a mulher a associar a prática do sexo com o incômodo da doença. Nesses casos, não há muito jeito. Enquanto a infecção não for controlada, o maridão pode chegar todo lindo e você não se animar.
Pós-parto
Quem está grávida que se prepare. Depois do parto, 100% das mulheres, portanto todas, sentem uma significativa redução da vontade sexual. Isso porque o corpo, que infelizmente não sabe da existência dos métodos anticoncepcionais, produz doses extras de prolactina para evitar nova gravidez durante a amamentação. A prolactina é um hormônio que inibe o estrogênio, responsável pela libido, resultando em menos desejo de sexo. A boa notícia: ter consciência desse mecanismo ajuda a contornar o inconveniente. Depois do segundo parto, por exemplo, muitas mulheres relatam menor sofrimento consequente da falta de desejo.
Início da menopausa
Por volta dos 45 anos, a mulher sente os primeiros sintomas da menopausa. Nessa fase, cai o nível do estrogênio, hormônio responsável pela libido, e a vagina resseca, aumentando as chances de infecção. Com tantas transformações, é natural ter menos vontade de sexo – esteja a mulher num casamento novo ou comemorando as bodas de prata.
Pílula anticoncepcional
Para evitar a gravidez, cada comprimido fornece, diariamente, uma dose fixa de hormônio que bloqueia a ovulação. Nem toda estabilidade, porém, é positiva para o corpo. Algumas mulheres precisam da oscilação hormonal para estimular a libido. Assim, elas ficam com menos vontade de ter relações sexuais com o uso do anticoncepcional. Além disso, o progestogênio e o estrogênio, presentes na fórmula de pílulas, são sintéticos e não fornecem ao organismo os mesmos estímulos dos hormônios produzidos naturalmente.
Colesterol alto, hipotireoidismo e outras disfunções metabólicas
Doenças como estas acima interferem no equilíbrio que existe entre a dopamina (neurotransmissor) e a prolactina (hormônio) no organismo. E o que isso quer dizer? Simples: a primeira substância é responsável pela sensação de prazer, e a segunda está ligada a ovulação. Quando as duas estão presentes na quantidade inadequada, o corpo não identifica as vantagens de uma relação sexual e dificulta o surgimento do desejo.
Endometriose e outras doenças ginecológicas
Qualquer desconforto ginecológico pode causar dor durante a relação sexual e, consequentemente, diminuir o desejo da mulher. O problema é que essas doenças costumam aparecer após os 30 anos de idade, quando muitas mulheres já estão casadas. A coincidência gera confusão sobre os motivos da súbita falta de vontade, como pensar em crise no casamento, quando isso não está acontecendo.
Flacidez do assoalho pélvico
Ao contrário do que muitos acreditam, o parto normal não deixa os músculos da vagina mais flácidos. Por outro lado, a idade avançada e fatores genéticos tiram sua força. Nessas condições, a qualidade do sexo acaba sendo prejudicada. O remédio é simples: exercício. O mais recomendado é a fisioterapia do assoalho pélvico, tratamento voltado exclusivamente para o fortalecimento dessa região. Além de influenciar o desempenho sexual, o assoalho pélvico é responsável pela sustentação de órgãos como a bexiga e o útero.
Medicamentos
Antidepressivos, drogas para ansiedade, para emagrecer, dormir ou qualquer outra medicação que interfira no sistema nervoso central pode diminuir o seu desejo sexual. Isso acontece porque tais medicamentos desequilibram a produção de dopamina, serotonina e endorfina, neurotransmissores que desencadeiam sensações de prazer e bem-estar. Se falta harmonia entre eles, a sua vontade de sexo cai. Afinal quem quer saber dele quando está mal-humorada e sem disposição?
Fonte: Flávia Fairbanks, ginecologista especialista em sexualidade humana.
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Por Giovanna Maradei
O companheiro não está com enxaqueca, não brigou com o chefe, as finanças estão sob controle e ele ama a mulher. Mas sexo que é bom, nada. A queda na libido masculina pode estar relacionada a questões de saúde física. Seguem abaixo 5 razões de tirar o tesão do maridão.
Vodca, pinga, maconha e outras drogas
Tudo tem limite! Uma cervejinha no final de semana pode até a deixar a turma dos tímidos mais soltinhos e aflorar o desejo sexual, mas, quando o consumo é exagerado, não só a fala e os reflexos ficam devagar, a performance sexual também. As drogas – lícitas e ilícitas – alteram o funcionamento do sistema nervoso central. Na verdade, diminuem a atividade cerebral, reduzindo assim a resposta sexual, o que inclui desejo e ereção.
Depressão e seus remédios
Doencinha miserável, esta, que tira todo e qualquer prazer, inclusive transar. Com o tratamento correto, tudo pode voltar ao normal. Ou melhor, quase tudo! Isso porque o efeito de alguns antidepressivos no organismo é igual ao que a doença causa: queda ou perda de libido. Esses medicamentos atuam no sistema límbico aumentando a quantidade de serotonina e noradrenalina, neurotransmissores que regulam o humor, mas que em níveis altos reduz o desejo sexual.
Outros medicamentos
Anote dois vilões da libido à venda nas farmácias: ansiolíticos, remédios para ansiedade, e bloqueadores androgênicos, para tratamento de câncer de próstata. Os primeiros reduzem a atividade cerebral, como um sedativo, e por isso diminuem a quantidade de energia disponível para a realização das vontades mais “supérfluas”, o que inclui o sexo. Já os bloqueadores androgênicos atuam diretamente na produção hormonal, diminuindo a ação da testosterona, o que sempre resulta na redução da libido.
Falha na hipófise
A hipófise é uma glândula pequena, de cerca de 1 cm, mas com poder de fogo no corpo. É responsável nos homens pelo controle da tireoide, das glândulas suprarrenais e dos testículos. Também fabrica o fundamental LH, hormônio que estimula a produção de testosterona. Portanto, qualquer dano na hipófise, como um tumor, pode inibir a produção de LH, o que diminui a testosterona no organismo e, consequentemente, reduz a libido.
Dos 50 em diante
Apesar de a idade chegar para homens e mulheres, apenas 15% da população masculina sente os efeitos na libido. O nível de testosterona começa a cair gradualmente por volta dos 50 anos de idade. É um processo natural. Porém, para uma parcela dos homens, essa queda na produção do hormônio é maior, e entre os seus efeitos negativos está a diminuição da libido. Baixo nível de testosterona é também um sintoma da chamada DAEM (Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino), popularmente conhecida como andropausa.
Fontes: Celso Gromatzky, urologista e sexólogo do Hospital Sírio-Libanês; Marco Scanavino, psiquiatra, responsável pelo Ambulatório de Impulso Sexual Excessivo e de Prevenção aos Desfechos Negativos Associados ao Comportamento Sexual, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
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