Casar, descasar, recasarpesquisa – Casar, descasar, recasar http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br Wed, 20 Apr 2016 18:43:12 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Casais ganham serviço de prevenção contra crise conjugal http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/12/15/crise-conjugal-ganha-servico-de-prevencao/ http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/12/15/crise-conjugal-ganha-servico-de-prevencao/#respond Tue, 15 Dec 2015 17:14:29 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15005285.jpeg http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/?p=2476 Categoria-Foto_SubCategoria-Making-Of-Renata-Xavier
Além de cruzar os dedos para tudo dar certo no casamento, os noivos dispõem de um curso de prevenção contra crises (Foto: Renata Xavier)

Em dez anos (2004-2014), o número de divórcios no Brasil cresceu 161%, segundo a pesquisa Estatísticas do Registro Civil, que acaba de ser divulgada pelo IBGE. A notícia é boa porque indica, entre outros, que menos gente está mantendo um casamento por obrigação. Por outro, é uma tristeza: estão sobrando corações partidos.

Preocupadas com os candidatos a noivos e recém-casados, um trio de jovens psicólogas cariocas, Joana Cardoso, Daniela Miranda e Helena Cardoso, lançaram um serviço para prevenir crise conjugal. Batizado de Véspera, seu objetivo é antecipar as discussões mais comuns entre jovens casais, ajudando a evitar conflitos futuros.

Com base na experiência com atendimento de família nos seus respectivos consultórios, as psicólogas desenvolveram um serviço composto de cinco encontros. Três deles são pautados pelos temas que elas identificaram como os principais gatilhos para conflitos. Seguem abaixo.

  1. Diferenças de expectativas entre os parceiros (da festa de casamento a questões relacionadas a filho e estilo de vida). Por exemplo: a noiva sempre trabalhou e, na sua cabeça, depois de casada viveria dedicada integralmente à família. Mas essa sua ideia jamais foi conversada com o noivo; e ele nunca imaginou que ela poderia vir a mudar o estilo de vida depois do casamento. Resultado: conflito bravo depois da lua de mel.
  2. Relação com as famílias. Como será o relacionamento com a família da parceira (ou parceiro)? A sogra vai ter a chave de casa? Os enteados poderão trazer amigos à vontade ou terão que pedir autorização? Um determinado comportamento do parceiro (ou parceira) está ligado a traços da família dele (ou dela)?
  3. Administração da casa. Algumas questões pertinentes: o casal vai ter empregada? Sobre as despesas, quem vai vai pagar o quê? E como será a divisão das tarefas domésticas? Quanto à alimentação, o casal vai primar pelo cardápio saudável ou pelo prático fast-food?

Os dois encontros restantes são reservados a um acordo que trará as decisões do casal para cada impasse discutido anteriormente. As soluções devem ter sido definidas por ambos ao longo do processo para não serem motivo de discórdia no futuro e, claro, podem ser renegociadas no futuro.

“Não queremos antecipar a crise, e sim prevenir. Vamos levantar questões que hoje são gostosas de serem conversadas, mas podem ser um problema no futuro”, afirma Daniela Miranda.

Os encontros se valem de recursos terapêuticos como um jogo de tabuleiro criado por elas e árvore genealógica das duas famílias. Por meio deles, o casal é levado a conhecer e compreender a bagagem que cada um traz para a vida conjugal, a alinhar os planos para o futuro e a negociar regras da vida prática que, entre o pedido e a festa de casamento, foram deixadas de lado.

“Nosso objetivo é fazer com que aquela relação seja uma relação cooperativa, e não competitiva”, explica Joana Cardoso.

O pacote de encontros custa R$ 1,5 mil, cada um dura 1h30 e todos são conduzidos por duas psicólogas. Informações e agendamento de entrevistas são feitos pelo site. O consultório fica na cidade do Rio de Janeiro, mas em breve haverá atendimentos mensais em São Paulo.

Aos que já casaram há algum tempo, uma boa notícia: as psicólogas planejam expandir o projeto para outros momentos cruciais da vida, como a decisão de ter ou adotar um filho e se aposentar.

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Na saúde ou na doença, sobra mais para elas http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/04/16/na-saude-ou-na-doenca-sobra-mais-para-elas/ http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/04/16/na-saude-ou-na-doenca-sobra-mais-para-elas/#respond Thu, 16 Apr 2015 21:42:15 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15005285.jpeg http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/?p=1427 imagem da fotografa finlandesa Elina Brotherus
Doença e divórcio são temas de duas pesquisas cujos resultados são pouco animadores para as mulheres  (Foto: Elina Brotherus)

Enfrentar a barra pesada que se segue ao diagnóstico de uma doença grave é tarefa árdua, capaz de balançar os mais sólidos dos casamentos. Até aí, não há grande novidade. As controvérsias surgem quando uma pesquisa feita na Universidade Estadual de Iowa, nos Estados Unidos, afirma: se é a esposa que adoece, a probabilidade de divórcio cresce 6%, quando é o marido, as chances de separação são as mesmas de quando não há doentes.

O estudo, publicado na edição de março do “Journal of Health and Social Behavior”, foi desenvolvido por Amelia Karraker, professora de desenvolvimento humano e estudos de família. Ela analisou 2.701 casamentos com pelo menos 20 anos de duração, nos quais um dos cônjuges foi diagnosticado com doenças físicas graves, especificamente câncer, doenças do coração, do pulmão e/ou derrames cerebrais. No total, 32% destas uniões terminaram em divórcio e 24%, em viuvez.

A pesquisa não aponta as principais causas das separações, mas Amelia ressalta: “Há uma diferença entre sentir-se muito doente para fazer o jantar e precisar de alguém para alimentá-lo. Isso é algo que realmente pode mudar a dinâmica dentro de um casamento”.

Ainda segundo a pesquisadora, as esposas mostraram-se mais insatisfeitas do que os maridos com a atenção recebida em casa, o que poderia ser uma causa do aumento dos divórcios quando são elas que adoecem.

O que inspirou Amelia Karraker a se envolver com esse tema foram os dois casos muito conhecidos e criticados nos Estados Unidos dos ex-parlamentares John Edwards e Newt Gingrich, que se divorciaram de suas mulheres quando ambas estavam doentes.

DIVÓRCIO FAZ MAL AO CORAÇÃO?

Outra pesquisa americana traz má noticia às mulheres, em especial as divorcidadas. Segundo o estudo, elas têm 24% mais chances de sofrer um ataque cardíaco do que as casadas, e o risco aumenta para 77% no caso das que se divorciaram mais de uma vez.

Já os homens, após o término do primeiro casamento, têm 10% mais chances de ser vítima da doença e 30% se passar por mais de um divórcio.

Como se não bastasse a diferença gritante, a pesquisa concluiu ainda que, no caso deles, um novo casamento eliminou esse aumento, já para elas o efeito positivo foi muito pequeno.

O estudo, desenvolvido pela Universidade Duke e recém-publicado pelo periódico “Circulation”, analisou 15.827 pessoas entre os anos de 1992 e 2010. Durante este período, um em cada três pesquisados se divorciou.

Linda George, uma das autoras do trabalho, diz que os índices representam um risco significativo, comparável aos de quem tem pressão alta ou diabetes e que a diferença do impacto entre homens e mulheres também é percebido em casos de depressão. Para ela, o divórcio representa um “fardo psicológico” maior para as mulheres, embora ainda não seja possível entender o que de fato acontece.

Por outro lado, em entrevista à BBC, Jeremy Pearson, da British Heart Foundation (Fundação Britânica do Coração), diz que os pesquisadores já sabiam que a saúde mental pode afetar o coração e que esses resultados não são evidências definitivas da ligação entre o estresse de um divórcio e os riscos de um enfarte. Para ele é preciso “mais estudos antes de considerar o divórcio um fator de risco significativo”.

 

 

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O que o mundo pensa da infidelidade e do divórcio http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/02/02/o-que-o-mundo-pensa-da-infidelidade-e-do-divorcio/ http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/2015/02/02/o-que-o-mundo-pensa-da-infidelidade-e-do-divorcio/#respond Mon, 02 Feb 2015 13:11:29 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15005285.jpeg http://casardescasarrecasar.blogfolha.uol.com.br/?p=715 Markus Reugels
De Ghana, passando pela Rússia e El Salvador até o Reino Unido, o que 40 países pensam de polêmicas questões de ordem moral (Foto: Markus Reugels)

Bastou o marido ir embora de casa para a simpática senhorinha do apartamento do andar de cima se transformar numa velhinha casca grossa que só reclama da moradora agora divorciada. A referida vizinha integra os 24% de brasileiros que ainda consideram o divórcio uma atitude inaceitável. Esse número também parece inaceitável, mas foi revelado pelo respeitado instituto de pesquisa norte-americano Pew Reserch Center, que entrevistou 40.117 pessoas de 40 países sobre oito temas de ordem moral amplamente discutidos:

* traição

* divórcio

* aborto

* sexo antes do casamento

* uso de contraceptivos

* homossexualidade

* jogos de aposta

* consumo de álcool.

Sobre cada tema, as pessoas tinham a opção de dizer se consideravam moralmente aceitável, moralmente inaceitável ou não se tratar de uma questão de ordem moral.

Confira como é a aceitação do divórcio e do adultério em 40 países do mundo.

Onde se torce o nariz para o divórcio

Em diversos países do mundo, o divórcio é muito malvisto. Gana lidera a lista dos intransigentes: 80% rejeita a separação. Incrível? Nem tanto. O índice está dentro dos padrões do continente africano, onde quatro dos seis países pesquisados têm mais da metade da população contra romper um casamento. A surpresa veio da terra de Cleópatra: apenas 7% dos egípcios são contra o divórcio e 30% deles acham que o assunto nem chega a ser de ordem moral.

Já o espanhol é o povo campeão da tolerância, seguido de perto pelo francês (míseros 4% e 5%, respectivamente, rejeitam o divórcio).

Confira o gráfico:

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U% representa a porcentagem de pessoas que consideram o divórcio moralmente inaceitável; A%, que consideram moralmente aceitável; e N%,  que consideram não se tratar de questão moral. Fonte: Pew Research Center

Traição sem perdão

Dizem que todo mundo já traiu ou vai trair um dia. Pode até ser, mas a maioria não se orgulha da atitude. Entre as questões morais avaliadas, a infidelidade foi a mais rejeitada pelos entrevistados: 78% das pessoas de 40 países disseram que trair o parceiro ou a parceira é moralmente inaceitável. No Brasil, esse número sobe para 84%.

A França é uma notável exceção: o único país onde menos da metade da população (47%) considera que ter um caso extraconjugal é uma atitude moralmente suspeita. Quatro em cada dez franceses nem consideram infidelidade uma questão moral.

Leia mais: Franceses se divorciam menos e também se casam menos

Confira os números em cada país:

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U% representa a porcentagem de pessoas que consideram o caso extraconjugal moralmente inaceitável, A%, que consideram moralmente aceitável; e N%, que consideram não se tratar de questão moral. Fonte: Pew Research Center
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